Inquérito

'Desproporcionais': Twitter e Google dizem que ordens de Moraes contra bolsonaristas são 'censura prévia'

As redes sociais YouTube e Twitter afirmaram em respostas encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que as ordens do ministro Alexandre de Moraes para a exclusão de perfis de bolsonaristas do ar são desproporcionais e podem configurar censura prévia.

As redes sociais YouTube e Twitter afirmaram em respostas encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que as ordens do ministro Alexandre de Moraes para a exclusão de perfis de bolsonaristas do ar são desproporcionais e podem configurar censura prévia.

As plataformas se manifestaram no inquérito aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, entre eles o cantor Sérgio Reis, envolvidos na organização das manifestações do 7 de setembro.

Moraes ordenou às vésperas do ato o bloqueio pelo Instagram, Youtube, Facebook e Twitter de páginas de bolsonaristas envolvidos na organização e convocação dos protestos.

“Embora as operadoras do Twitter tenham dado cumprimento à ordem de bloqueio da conta indicada por vossa excelência, o Twitter Brasil respeitosamente entende que a medida pode se mostrar, data máxima venia, desproporcional, podendo configurar-se inclusive como exemplo de censura prévia”, disse o Twitter.

O Google, responsável pelo YouTube, seguiu a mesma linha. “Ainda que o objetivo seja impedir eventuais incitações criminosas que poderiam vir a ocorrer, seria necessário apontar a ilicitude que justificaria a remoção de conteúdos ja existentes”, defende a plataforma.

O segundo ponto, diz o Google, é que ao transferir para a PGR e para a Polícia Federal a prerrogativa para que determinem o que deveria ser removido, Moraes deixa de “atender o dispositivo que exige a prévia apreciação do Poder Judiciário quanto à ilicitude do conteúdo”.

Fonte: Polêmica Paraíba com O Tempo
Créditos: Polêmica Paraíba com O Tempo