cedula-lula-livreUma cliente acusa os donos de um restaurante na Vila Madalena de agressão verbal e moral após ter tentando pagar a conta com uma nota que tinha a figura do ex-presidente Lula.

A artista Ana Teixeira contou ter sido hostilizada ao apresentar uma nota de de vinte reais carimbada no restaurante por quilo Komy’s. “Ela ergueu a nota na mão e começou a incitar todo o restaurante contra mim, dizendo que eu queria roubá-los pagando com nota adulterada”, escreveu no Facebook.

Segundo ela, o caso aconteceu por volta das 14h da terça-feira (8). Ana já havia recebido o troco quando a mulher no caixa notou o carimbo com a frase ‘Lula Livre’. A partir de então, ela diz ter sido xingada em voz alta (“Não aceito isso! Não aceito isso! Sua bandida!“) por ela e, após o tumulto, por outros clientes do restaurante.

“O proprietário endossou os gritos da mulher quando eu disse que eles teriam que aceitar a nota pois era ilegal não fazê-lo. Foi assustador! Eles não paravam de gritar e tiveram o apoio de alguns clientes que começaram a gritar também: VAI PRA CURITIBA!”

O post dela motivou uma onda de críticas e avaliações negativas na página do restaurante no Facebook. O endereço virtual foi apagado ainda quarta-feira. A reportagem não conseguiu contato com o local.

Militantes e apoiadores do petista têm promovido a ação como protesto à prisão de Lula, oferecendo o carimbo até mesmo em eventos e locais públicos. Circulam há algumas semanas no WhatsApp boatos de que o carimbo faria o dinheiro perder o valor. Além disso, de acordo com o rumor, o portador estaria sujeito às punições previstas no Artigo 163 do Código Penal, “que trata do crime de rasura em papel moeda”.

Não é verdade. O Banco Central informa que cédulas com rabiscos, símbolos ou quaisquer marcas estranhas não perdem a validade, e podem ser trocadas ou depositadas em bancos. O crime informado também não está previsto no Código Penal, embora especialistas considerem a tese juridicamente viável.

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