Menos direitos

Arthur Lira diz que espera votar reforma administrativa na Câmara "no fim de agosto"

Deputado disse que vai ficar mais difícil avançar com reformas no ano que vem devido as eleições e aos interesses políticos

Citando pressa diante de um calendário apertado pela proximidade do debate das eleições de 2022, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira (03) que a reforma administrativa pode ser votada na casa legislativa no fim deste mês. “Com a habilidade necessária e com a articulação necessária na comissão, esperamos, em relação à reforma administrativa, ter a votação ao fim de agosto porque temos que remetê-la ao Senado Federal. Infelizmente, com a polarização existente hoje no Brasil, temos a obrigação de entregar matérias estruturantes até novembro”, afirmou Lira.

O parlamentar avaliou que ficará mais difícil avançar com reformas no ano que vem, quando os interesses políticos vão se sobrepor à agenda econômica. Lira enfatizou que os direitos adquiridos de servidores não serão eliminados pela reforma. Julgou não ser necessário mexer em direitos adquiridos: “Não vamos atacar direito adquirido”, afirmou o presidente da Câmara. “Não somos inconsequentes, sabemos dos nossos limites constitucionais”, acrescentou.

Lira reconheceu que categorias de funcionários públicos têm o maior lobby no Congresso, mas considerou que tais interesses “não serão maiores do que os fatos”. O parlamentar também lembrou que a reforma do imposto de renda está muito próxima de votação. No entanto, ponderou, mesmo que houvesse votos necessários antes do recesso parlamentar, foi prudente adiar a tramitação em 15 dias para não haver erros.

Reafirmando a intenção de votar uma reforma tributária possível, Lira defendeu que, embora o Congresso tenha perfil reformista, o texto ideal nem sempre é viável. “Muitas vezes, o ótimo é inimigo do bom”, assinalou Lira, para quem cabe à cada legislatura avançar em direção a um projeto ideal ao País.

Segundo Lira, todos os Poderes entrariam na reforma administrativa se fosse possível, porém, caso não envie proposta de mudança em suas categorias, a inclusão do Judiciário poderia significar que o Congresso estaria extrapolando limites constitucionais.

Fonte: Estadão Conteúdo
Créditos: Polêmica Paraíba