brincadeira fatal

ARMA FICAVA NA COZINHA: Criança morre após levar tiro em brincadeira com amigo de escola

Segundo a polícia, meninos de dez anos estavam dentro de casa quando acharam a arma do pai de um deles. Delegado informou que o homem vai responder por homicídio culposo.

Um menino de 10 anos morreu após ser atingido por um tiro que teria sido disparado por outra criança da mesma idade, na tarde desta quinta-feira, em Goianira, cidade da Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a polícia, os dois eram amigos de sala e brincavam juntos quando aconteceu o disparo acidental.

De acordo com o delegado de Goianira, Bruno Costa e Silva, o caso ocorreu na casa do pai da vítima, que seria o dono da arma. “Eles são da mesma sala, no 4º ano, e tinham estudado pela manhã. Moram perto no Parque Solimões e a vítima chamou o amigo para brincar, por volta das 14h40, quando aconteceu o acidente”, disse.
O delegado informou ainda que os meninos brincavam sozinhos dentro de casa, quando pegaram uma espingarda artesanal, que estava no chão da cozinha, perto de um armário.

“O menino disse que o amigo falou que a arma estava descarregada e por isso eles podiam brincar com ela. Ele puxou o gatilho atingindo a vítima no tórax. Os dois correram para a rua pedindo ajuda”, afirmou Bruno.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para o socorro, pelo dono de um bar próximo de uma estrada de terra, onde o garoto de 10 anos foi encontrado pedindo ajuda.
A vítima ia ser transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), mas morreu a caminho.
Segundo o delegado, a vítima morava com o pai e a madrasta. “Foi instaurado um inquérito contra o pai pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e também por homicídio culposo, por conta do fácil acesso ao armamento”, disse Bruno Costa.
O pai do menino ainda não havia sido localizado por volta das 21h30 desta quinta. “Ao saber da notícia, ele estava no trabalho e o demais familiares não souberam informar o paradeiro dele’, afirmou o delegado.

O G1 não conseguiu contato com a família da criança e nem com a defesa do pai.
Ainda de acordo com Bruno, a criança que se envolveu no acidente não é considerada nem autora e nem investigada. “O Estatuto da Criança e Adolescente prevê medidas de proteção para esta criança, o que providenciamos imediatamente”, informou, ressaltando que o menino já recebeu atendimento para acompanhamento psicológico e também do Conselho Tutelar.
Mais testemunhas do caso, segundo o delegado, serão ouvidas nesta sexta-feira (05).

Fonte: G1
Créditos: G1