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Artigo de jornalista destaca discrição de delegado da PF na Paraíba que ao invés de holofote foca no êxito das operações que comanda

O foco é o delegado da Polícia Federal Fabiano Emídio Lucena Martins. Na análise ela mostra como ele atua diferentemente do que pratica o juiz federal Sérgio Moro.

Um artigo publicado pela jornalista Adriana Bezerra, em seu Blog, nesse final de semana, traz um contraponto interessante quando o assunto são as autoridades e seu envolvimento com a mídia.

O foco é o delegado da Polícia Federal Fabiano Emídio Lucena Martins. Na análise ela mostra como ele atua diferentemente do que pratica o juiz federal Sérgio Moro.

Para ela, na Paraíba, o delegado, responsável por ações exitosas que desbarataram grandes esquemas de corrupção em prefeitura, mostra que tem juízo e, quiçá, pode, assim como Moro, ser cotado para figurar no primeiro escalão do Governo – só que da Paraíba, na Secretaria de Segurança

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A Paraíba tem um Moro…E ele tem mais juízo!
Nosso Moro não é Sérgio.  É Fabiano.

Nem é juiz. Mas sim um ajuizado delegado de polícia. Da PF.

Fabiano Emídio de Lucena Martins.

Se nunca ouviu falar dele, não é sem razão:

Nosso Moro é discreto.

Dirige o próprio carro, fala quase nada com a imprensa, anda sem escolta policial.

Mas de seu gabinete saíram as maiores operações policiais da Paraíba dos últimos anos – atingindo gente graúda, que costumava aparecer nas colunas sociais e nunca no noticiário policial.

Fabiano, nosso Moro discreto e com muito mais juízo do que aquele que tirou a toga e vestiu a farda de Bolsonaro, comandou, por exemplo, a operação Pão e Circo – aquela que mandou prefeitos e seus comparsas pro xadrez, depois que as investigações do delegado revelaram esquema de desvio de recursos públicos supostamente usados na contratação de shows artísticos.

Fabiano também era o cérebro por traz da Sete Chaves, a operação que desbaratou o tráfico de turmalina Paraíba.

E segue sendo o juízo que tece a teia da operação Xeque-mate, que trouxe à público um dos maiores esquemas de corrupção do Estado, montado bem ali em Cabedelo por Leto Viana e asseclas.

Como ele segue tão anônimo em meio a operações tão ruidosas?

As operações apareceram; ele não.

Porque nosso Moro é, realmente, muito mais discreto. Não faz questão dos holofotes.

Mas talvez – apenas talvez – seja a hora de nosso Moro ser mais visto.

E mais ouvido.

Certamente tem o que contribuir com o debate sobre a crise em curso na segurança pública.

E – quem sabe? – pode saber o que deve ser feito.

Deixando Cláudio, enfim, descansar em paz.

Fonte: Blog do Ninja
Créditos: Henrique Lima