Presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, a poderosa CMO, o líder do União Brasil no Senado, senador Efraim Filho, demonstrou, nesta quarta-feira (9), que é, antes de tudo, um homem coerente com o que defende. Durante a discussão do PLP 141/2024, que propõe alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal para ampliar os limites de gasto com pessoal, Efraim adotou uma postura firme: não é hora de flexibilizar regras que garantem o equilíbrio fiscal.
Efraim tem sido uma voz firme na defesa das contas públicas e costuma dizer que o equilíbrio fiscal não pode vir apenas do aumento de receita, mas pode – e deve – vir do corte das despesas. E na presidência da CMO, diz estar comprometido com a responsabilidade fiscal e a transparência do Orçamento da União.
Nesta quinta-feira, como relator da proposta, Efraim, que avaliou os argumentos, ouviu gestores e reconsiderou sua posição inicial, tomou uma decisão surpreendente: ao perceber os riscos de abrir brechas para o descontrole nos gastos públicos, retirou o projeto de pauta e solicitou seu reexame na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
“É preciso ter altivez para mudar de posição e responsabilidade para proteger o equilíbrio das contas públicas”, afirmou o líder.
Para Efraim, “mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) é legislar para 5.570 municípios, 27 estados e a União”. Ele alertou para o perigo de transformar a exceção em regra e reforçou a importância de preservar a LRF como instrumento de disciplina fiscal e controle de gastos.
“Não podemos criar atalhos que incentivem irresponsabilidade fiscal, especialmente em ano eleitoral”, afirmou o senador.