OUÇA: Manoel Júnior advoga por Cunha e vota pela inocência do presidente por contas da Suíça

Deputado paraibano diz que o presidente da Câmara nunca mentiu sobre contas na Suiça

manoel junior e cunhaO deputado federal Manoel Júnior (PMDB) discursou em defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) na noite desta terça-feira, 01, durante reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados acusando o relator do processo de ser suspeito de analisar a postura de Cunha, por responder a ação no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Esse conselho de Ética é independente, é bem verdade, ele dá entre 60 e 90 dias, para se avaliar a responsabilidade política do parlamentar, não é a responsabilidade penal, porque esta o nobre deputado vai responder lá no Supremo Tribunal Federal; por exemplo, o nobre relator responde uma ação penal, de nº 908, no STF, e se eu fosse relator desse processo e tivesse alguma ação tramitando no STF me averbaria suspeito, mas isto é uma questão de foro íntimo”, apontou.

Ainda em sua fala, Manoel Júnior disse que o Congresso já imprimiu penas graves a alguns brasileiros, que perderam o mandato e o título de presidente da Casa “por uma enorme injustiça que tomou conta do Poder Legislativo”. Ele lamentou a ausência do poder de mídias sociais à época do então presidente Ibsen Pinheiro, “que perdeu não só a condição de presidente da Casa, mas o mandato de deputado”, disse justificando que o processo contra Cunha é injusto.

Manoel Júnior disse que as acusações contra Eduardo Cunha são duas, “uma é um pedido de investigação feito pelo Ministério Público, e a outra é um ‘Ctrl C + Ctrl V’ daquilo que foi remetido ao Supremo Tribunal Federal em 20 de agosto desse ano e ainda não foi transformado em processo, o STF é o órgão responsável pela punibilidade penal ou não sobre o parlamentar, seja ele deputado ou senador, ainda não recepcionou o pedido feito pelo doutor Janot”.

O paraibano apontou ainda que Cunha não mentiu em seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras e comparou as respostas de Cunha com a sabatina que Rodrigo Janot passou para ser reconduzido a chefia da Procuradoria da República. “Nosso Código de Ética diz que o parlamentar só precisa apresentar a declaração a Receita Federal do Brasil, não ao Banco Central”, enfatizou.

Ouça aqui a defesa feita pelo paraibano:

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