Gravidez entre adolescentes inglesas cai, e Facebook pode ser motivo

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Nível é mais baixo em 45 anos, e especialistas acham que uso de redes é motivo

O número de grávidas adolescentes caiu no Reino Unido, chegando ao nível mais baixo desde que o governo começou a medir os casos.

Pelos últimos números, de 2014, para cada 1000 adolescentes entre 15 e 17 anos na Inglaterra e no País de Gales havia 22,9 grávidas. Em 1969, quando os registros começaram, eram 47,1 adolescentes grávidas para cada 1000. E um professor de economia acha que a causa pode o aumento do uso de redes sociais como o Facebook e o Snapchat.

“Em vez de se sentar no ponto de ônibus com os amigos e ficar dividindo uma garrafa de vodca, o adolescente agora interage mais com seus amigos remotamente, cada um em sua casa”, diz David Paton, economista da Universidade de Nottingham em entrevista ao jornal britânico Telegraph.

Claire Murphy, diretora do Serviço de Aconselhamento para Gravidez do Reino Unido, acha que a chave para a queda é, na maior parte, causada pelo melhor acesso hoje à contraceptivos e educação sexual. Entretanto, ela concorda que as mídias sociais podem ter interferido.

“O consumo de bebida por adolescentes caiu muito, o que pode estar reduzindo a chance de sexo sem proteção. Os jovens também interagem cada vez mais online, o que reduz as oportunidades de atividade sexual”, diz ela.

Os dados do Escritório de Estatísticas Nacionais (o IBGE britânico) mostram também que caiu o número de meninas grávidas com menos de 16 anos. De 2014 para 2013, a queda foi de 10%.

Já o número de abortos subiu, mas não muito. Em 1994, 19,5% das gravidez acabavam em aborto. Em 2014, foram 21,1%.

Fonte: O Globo
Créditos: O Globo