
Israel bombardeou nesta segunda-feira (16/06) a sede da emissora estatal iraniana em Teerã, interrompendo uma transmissão ao vivo e forçando a evacuação do estúdio tomado por fumaça.
O ataque ocorreu pouco depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) emitir um alerta para que civis deixassem o Distrito 3 da capital iraniana, alegando que a região abriga infraestrutura militar do regime.
“Nas próximas horas, o Exército israelense atuará nesta área… sua presença coloca sua vida em risco”, publicou a IDF na rede X (antigo Twitter).
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel “assumiu o controle dos céus de Teerã” e reafirmou o objetivo de enfraquecer o programa nuclear e a capacidade balística do Irã.
Segundo ele, o país está “a caminho” de desmantelar essas estruturas.
A nova ofensiva marca uma mudança de estratégia ao atingir diretamente o aparato de comunicação do governo iraniano.
Desde sexta-feira, os combates deixaram ao menos 23 mortos em Israel, incluindo oito vítimas do ataque iraniano desta segunda.
No Irã, autoridades locais relatam 224 civis mortos e 17 oficiais militares de alto escalão.
Enquanto a tensão cresce, líderes do G7, reunidos no Canadá, anunciaram que a crise no Oriente Médio será uma das pautas centrais dos debates.
Nos bastidores, o Irã tem enviado sinais de que deseja evitar a escalada do conflito.
De acordo com informações do Wall Street Journal e confirmadas pela Reuters, Teerã tem recorrido a intermediários árabes para propor o fim das hostilidades e a retomada das negociações nucleares — com a condição de que os EUA não participem diretamente dos ataques.
Apesar disso, o Irã teria alertado que pode intensificar o conflito e acelerar seu programa nuclear caso não haja perspectivas de diálogo.
O enriquecimento de urânio, porém, continua sendo uma linha vermelha para Israel.