violência doméstica

Mãe se nega a levar filho com febre ao hospital, e polícia intervém nos EUA

O relatório da polícia afirma que quando os policiais entraram na casa, encontraram duas das crianças "no quarto, que estava coberto de manchas de origem desconhecida".

Policiais armados invadiram a casa de uma mulher no Arizona (EUA) porque ela se recusou a levar o filho com febre alta ao hospital. Os agentes retiraram a criança e a levaram para o Departamento de Segurança Infantil (DCS, na sigla em inglês). O caso ocorreu em fevereiro, mas só foi revelado nos últimos dias.

Segundo a polícia, Sarah Beck levou seu filho de dois anos a uma escola de medicina naturopata. Lá, foi informada que o menino estava com 40°C de febre e que poderia estar sofrendo de uma doença grave.

Sarah foi orientada a levar o menino a um hospital, mas não quis. O garotinho não havia sido vacinado e ela temia que pudesse sofrer alguma consequência.

No dia seguinte, a médica que atendeu o menino na escola naturopata descobriu que ele não havia sido levado ao hospital e chamou o Departamento de Segurança Infantil, que funciona como um conselho tutelar. O órgão acionou a polícia.

Sarah e o marido, Brooks Bryce, quiseram impedir a entrada dos agentes na casa. Os policiais conseguiram na justiça a custódia temporária do menino e arrombaram a porta da casa.

Bryce contou ao canal de TV KPNX que o menino estava bem e que a febre havia sido controlada. Mesmo assim, o homem foi algemado e levado até a delegacia. Os três filhos do casal foram levados para o Departamento de Segurança Infantil.

“Eles nos trataram como criminosos, arrombando nossa porta. Eu não sei que tipo de trauma isso causou nos meus filhos. Só quero saber onde meus filhos estão agora”, disse Sarah à NBC News.

Segundo um advogado da família, a maneira como as crianças foram removidas foi “claramente desnecessária e muito além da ‘força razoável'”.

O relatório da polícia afirma que quando os policiais entraram na casa, encontraram duas das crianças “no quarto, que estava coberto de manchas de origem desconhecida”.

“As crianças nos avisaram que vomitaram várias vezes em suas camas e tinham manchas em volta da boca”, diz o relatório.

A casa da família também estava em desordem, com bagunça nos quartos e sujeira no chão. Uma espingarda desprotegida também foi encontrada na parede ao lado da cama dos pais, segundo o relatório.

As três crianças foram levadas ao Centro Médico Infantil Cardon, segundo a polícia.

O Departamento de Polícia de Chandler está solicitando uma acusação de violência doméstica contra o pai e a mãe.

A repercussão do caso é grande no Arizona. A deputada estadual Kelly Townsend afirmou que o incidente foi um “erro judicial e vergonha para o estado do Arizona”

Segundo ela, Sarah está grávida de oito meses e o bebê nascerá em breve. A legisladora afirmou que o médico errou o diagnóstico do menino, já que a suspeita de uma doença grave não foi confirmada.

“O médico achava que o menino poderia ter meningite, mas na verdade ele sofria de um vírus sincicial respiratório”, disse em um comunicado.

“Eu peço à DCS para devolver imediatamente as crianças que também estão sendo traumatizadas devido a este erro de diagnóstico”, afirmou no comunicado. “Os pais estavam corretos, o médico estava errado.”

Fonte: Extra
Créditos: Extra