Uma enfermeira condenada à prisão perpétua por matar sete bebês e tentar matar outros oito no Reino Unido segue no centro de uma série de investigações que agora atingem a antiga direção do hospital onde trabalhava.
Nesta semana, três gestores do Hospital Countess of Chester, no norte da Inglaterra, foram presos por suspeita de homicídio culposo por negligência grave. Eles foram liberados sob fiança e seguem sob investigação. A informação é do site ‘The New York Post’.
Lucy Letby, de 35 anos, foi considerada culpada pelos assassinatos cometidos entre junho de 2015 e junho de 2016, quando atuava na UTI neonatal da instituição. O caso a tornou a pior assassina em série de crianças da história recente do país. Ela está presa desde 2023 e foi sentenciada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. A enfermeira sempre negou os crimes e teve sua apelação rejeitada pela Justiça.
As novas prisões fazem parte de uma investigação da polícia sobre possíveis responsabilidades da liderança do hospital, que pode ter ignorado sinais de alerta durante o período em que Letby cometeu os crimes. Segundo a polícia, os gestores agora são alvo de apuração por negligência grave, e o hospital também é investigado por possível homicídio corporativo.
As autoridades ainda avaliam se a enfermeira cometeu outros crimes em unidades diferentes. Uma investigação pública segue em andamento e deve divulgar um relatório final em 2026. Em depoimentos recentes, advogados da antiga direção do hospital negaram que Letby tenha sido protegida de forma consciente pela equipe gestora.
Enquanto isso, a Comissão de Revisão de Casos Criminais analisa um pedido da defesa de Letby, que tenta reverter a condenação. O caso permanece cercado de questionamentos por parte de especialistas e autoridades britânicas.