inteligência artificial

Deepfake: japonês é preso após faturar R$ 535 mil 'destravando' vídeos pornô pixelados

De acordo com a emissora japonesa NHK, Masayuki ganhou cerca de o equivalente a R$ 535 mil com a venda de mais de 10 mil vídeos manipulados. Ele foi identificado durante uma patrulha cibernética da polícia local

A polícia japonesa prendeu na segunda-feira (18/10) um homem de 43 anos por usar inteligência artificial para efetivamente “destravar” vídeos pornôs pixelados, no primeiro caso criminal no país envolvendo o uso dessa tecnologia.

Masayuki Nakamoto, que dirige seu próprio site em Hyogo, explorou imagens de estrelas pornôs de vídeos adultos japoneses e as modificou com o mesmo método usado para criar trocas de rosto realistas em vídeos falsos.

Mas, em vez de mudar de rosto (o que é mais comum no processo de falsificação conhecido como deepfake), Masayuki usou um software para reconstruir as partes íntimas desfocadas nos vídeos com base em um grande conjunto de vídeos com nudez sem censura e vendeu o conteúdo on-line. Pênis e vaginas são pixelados na pornografia japonesa porque uma lei de obscenidade proíbe as representações explícitas de órgãos genitais.

De acordo com a emissora japonesa NHK, Masayuki ganhou cerca de o equivalente a R$ 535 mil com a venda de mais de 10 mil vídeos manipulados. Ele foi identificado durante uma patrulha cibernética da polícia local.

“Este é o primeiro caso no Japão em que a polícia prendeu um usuário de inteligência artificial”, disse Daisuke Sueyoshi, advogado especialista em crimes cibernéticos, ao site “Vice”.

O japonês se declarou culpado de infringir as leis de direitos autorais.

Fonte: Extra
Créditos: Extra