aumento mais severo

Mortes de jovens entre 20 a 29 anos subiram 1.081% desde janeiro, revela balanço da Fiocruz 

Os números do último balanço divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) confirmam: a pandemia está rejuvenescendo.

Manaus 15 04 2020 O Amazonas contabiliza mais de 1,4 mil casos confirmados de Covid-19 e 90 mortes no período de 1 mês. A pandemia foi registrada pela primeira vez no estado, em 13 de março Enterro de dona Esther Melo da Silva no cemitério Parque Tarumã, em Manaus( Foto: Amazônia Real)

Os números do último balanço divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) confirmam: a pandemia está rejuvenescendo. Entre a semana epidemiológica (SE) 1 — 3 a 9 de janeiro — à semana epidemiológica 14 — 4 a 10 de abril —, as mortes por covid-19 entre os jovens de 20 a 29 anos aumentaram 1.081,82%, segundo o mais recente boletim do Observatório Fiocruz Covid-19.

Nenhuma outra faixa etária registrou um aumento tão acentuado nos óbitos quanto os mais jovens, mas algumas chegaram perto: é o caso dos grupos de 40 a 49 anos (933,33%), de 50 a 59 anos (845,21%) e de 30 a 39 anos (818,60%). A menor alta entre janeiro e abril ficou com os infectados de 60 a 69 anos — 571,52%.

Já o aumento no número de casos foi mais severo nas faixas etárias de 40 a 49 anos (1.173,75%), de 30 a 39 anos (1.103,49%) e de 50 a 59 anos (1.082,69%). Os mais jovens (de 20 a 29 anos) ficaram por último, com alta de 745,67%, pouco abaixo do grupo de 60 a 69 anos (747,65%).

“O acometimento de casos graves, mesmo em populações mais jovens, mantém a pressão sobre serviços hospitalares, já sobrecarregados pela demanda de internação das semanas anteriores. Os recursos hospitalares, de insumos e de profissionais de saúde, se encontram em nível crítico, o que pode causar um aumento da desassistência de saúde, comprometendo, inclusive, o atendimento de outras doenças”, alerta a Fiocruz.

As taxas de ocupação de leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) se mantêm, em geral, em níveis muito elevados, ainda de acordo com a Fiocruz. Dados obtidos em 19 de abril e comparados aos do último dia 12 indicam a saída do Amapá de zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário, onde já se encontravam Amazonas, Maranhão e Paraíba.

Único estado fora da zona de alerta, Roraima viu cair a ocupação de suas UTIs de 44% para 38% no período, enquanto os demais estados e o Distrito Federal permaneceram em alerta crítico. A maior queda, porém, foi registrada no Amapá: o estado registrava taxa de 68% em 19 de abril, 16 pontos percentuais abaixo dos níveis da semana anterior (84%).

Quinze UFs (Unidades da Federação) têm atualmente taxas de ocupação acima de 90%. São elas:

Mato Grosso do Sul:

100% Distrito Federal:

98% Ceará:

98% Santa Catarina:

97% Sergipe:

97% Pernambuco:

97% Mato Grosso:

96% Rondônia:

94% Acre:

94% Paraná:

94% Piauí:

94% Tocantins:

93% Rio Grande do Norte:

93% Espírito Santo:

91% Goiás: 90%

Outros sete estados registram ocupação de leitos entre 80% a 89%:

Minas Gerais: 89%

Rio de Janeiro: 86%

Alagoas: 83%

Rio Grande do Sul: 83%

São Paulo: 83%

Bahia: 82%

Pará: 80%

A Paraíba está entre os quatro UFs têm taxa entre 63% e 78%:

Maranhão (78%), Amazonas (73%), Amapá (68%) e Paraíba (63%). Roraima vem em último, com 38%.

Fonte: POLÊMICA PARAÍBA
Créditos: UOL/ FIOCRUZ