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Jornalista e autor do documentário sobre maconha, fala sobre a importância da planta para uso medicinal

"Tem pessoas que necessita de remédios que controlam, por exemplo, epilepsia. Essa implantação do uso do cannabis só vai avançar a partir do movimento dos pacientes", diz o jornalista.

Recentemente, foi autorizada pela Justiça Federal da Paraíba, o cultivo e manipulação da maconha para fins medicinais pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (ABRACE), em João Pessoa. Pacientes que sofrem com crises agressivas de epilepsia encontram no Canabidiol, um alívio para sua doença. O medicamento diminui as crises epiléticas já nos primeiros dias de uso.

Tarso Araújo, jornalista envolvido em debates sobre drogas, esteve presente nesta segunda-feira (22), na bancada do programa Master News, na Tv Master. O jornalista defensor da luta pelo acesso ao medicamento falou sobre a necessidade do uso do Canabidiol (uma das substâncias encontrada na Cannabis Sativa) para o controle de doenças.

Diferente do que pensam os muitos contrários à ideia, o uso da maconha para fins medicinais não é “invenção de maconheiro”. Os benefícios medicinais da planta são cientificamente comprovados.

O uso da planta como entorpecente atribui uma imagem negativa a luta. Porém, é importante admitir sua eficácia na cura de doenças.

Infelizmente, “muita gente usa droga porque tem problemas, com um escape. As drogas são uma forma de escapismo”, e também “promovem o prazer”, diz Tarso. E apesar da repressão às drogas, o jornalista afirma que “pessoas embriagadas estão mais vulneráveis que pessoas que consomem o cannabis”.

“Nosso cérebro tem um mecanismo de recompensa”, onde caracteriza coisas boas e coisas ruins. “Você vai moldando seu comportamento a partir de suas escolhas”. Para nosso cérebro, a maconha libera uma sensação de prazer muito maior que o sexo, levando ao vício.

O apoio do Estado na luta pelo acesso para uso terapêutico é vital, apesar de não ser tão forte. Na Paraíba existem movimentos que trabalham em prol da distribuição destes medicamentos. São elas, Liga Canábica e ABRACE. Estas instituições sem fins lucrativos são “importante na descoberta do uso terapeutico do cannabis”, diz Tarso.

“Tem pessoas que necessita de remédios que controlam, por exemplo, epilepsia. Essa implantação do uso do cannabis só vai avançar a partir do movimento dos pacientes”, diz o jornalista.

DOCUMENTÁRIO

Tarso Araújo foi um dos responsáveis pelo documentário “Ilegal” que tmostra a luta pela legalização da maconha para uso medicinal e retrata a aflição de famílias que sofrem com pacientes epiléticos.

Conheça um pouco sobre a luta da ABRACE:

https://www.youtube.com/watch?v=TAfRMVip3l8&feature=youtu.be

Fonte: A Redação
Créditos: Estagiária Érika Soares