Paraíba - O governador da Paraíba, João Azevêdo, passou por uma cirurgia de retirada da vesícula biliar no último domingo (24), depois que recebeu o diagnóstico de pedra na vesícula. Nesse contexto, os médicos realizaram a chamada colecistectomia por portal único. Esse procedimento também é conhecido como laparoscopia transumbilical e os especialistas o consideram uma técnica moderna e menos invasiva.
Diferente da cirurgia tradicional, que exige um corte de até 15 cm no abdômen, os médicos realizaram em João Azevêdo a técnica de uma única incisão no umbigo, por onde retiraram a vesícula. Como consequência, o resultado é uma recuperação mais rápida, além de menor dor pós-operatória e praticamente nenhuma cicatriz visível.
De acordo com o gastroenterologista Cássio Oliveira, que integrou a equipe médica responsável, o procedimento traz vantagens em relação à cirurgia convencional.
“A principal vantagem é que, sem o corte tradicional, o paciente tem menos repercussões, sente menos dor, se mobiliza mais cedo e, como consequência, recupera-se mais rápido”, explicou.
Apesar de ser considerada de baixa complexidade, a cirurgia envolve os mesmos riscos de qualquer procedimento sob anestesia geral.
“Os riscos são os inerentes a todas as cirurgias, principalmente os relacionados à anestesia geral”, destacou o especialista.
Sobre a indicação, o médico ressaltou que os profissionais podem aplicar a técnica a praticamente todos os pacientes.
— “Nos dias atuais, não existe contraindicação ao método minimamente invasivo (videolaparoscopia)”, afirmou.
Cirurgia tradicional x minimamente invasiva
Na técnica aberta, o paciente enfrenta incisão maior, com internação de 2 a 5 dias e retorno às atividades em 4 a 6 semanas. Já a cirurgia pelo umbigo reduz esse tempo para 7 a 15 dias, dependendo dos hábitos e da resposta do organismo.