Paraíba - A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) confirmou que está acompanhando a ocorrência de sete casos de catapora (varicela) registrados no Instituto Federal da Paraíba (IFPB) no município de Cajazeiras, no Sertão do estado. A informação foi repassada inicialmente em 15 de maio, quando quatro casos foram relatados. Desde então, mais três seguem em investigação.
Embora os casos leves da doença não sejam de notificação compulsória, surtos e ocorrências graves devem ser comunicados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN Net), conforme preconiza o Ministério da Saúde. Diante da situação, a SES afirmou que mantém apoio técnico à Secretaria Municipal de Saúde de Cajazeiras para monitoramento e controle da transmissão.
A catapora é uma infecção viral altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que acomete com mais frequência crianças, especialmente no final do inverno e início da primavera. Em sua forma clássica, a doença se manifesta por lesões na pele em diferentes estágios — como máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas — acompanhadas de coceira intensa. Apesar de geralmente benigna em crianças, pode apresentar sintomas mais severos em adolescentes e adultos.
A transmissão do vírus ocorre por contato direto com o líquido das bolhas ou por secreções respiratórias, como tosse, espirros e saliva, além de objetos contaminados. O período de incubação varia entre 4 e 16 dias, e a transmissão pode ocorrer até seis dias após o surgimento das lesões.
Tratamento e Cuidados com a Catapora
O tratamento da catapora é sintomático, com o uso de antitérmicos, analgésicos e antialérgicos. A recomendação médica é evitar o uso de medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina), devido ao risco de complicações graves. Em casos de infecção secundária, pode ser indicado o uso de antibióticos.
Entre as principais medidas preventivas, destacam-se a vacinação, higiene adequada, isolamento dos pacientes até a completa cicatrização das lesões e desinfecção de objetos contaminados. Crianças com sintomas da doença devem permanecer afastadas das escolas até que todas as lesões estejam em fase de crostas.
Prevenção e Vacinação
A vacina contra varicela, introduzida no calendário nacional em 2013 como parte da tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora), está disponível para crianças entre 15 meses e 2 anos. Fora desse grupo, a vacinação é recomendada em situações específicas, como surtos hospitalares ou para populações vulneráveis, como indígenas, imunossuprimidos e profissionais de saúde em contato com pacientes de risco.
A SES reforça a importância da vigilância e da adoção das medidas sanitárias recomendadas, especialmente em ambientes escolares e hospitalares, para evitar a disseminação do vírus.