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Vice-presidente do Aliança pelo Brasil mantinha contato com líderes de manifestações que estão no alvo do STF

O advogado Luís Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança Pelo Brasil, mantinha contato com os organizadores de manifestações que entraram na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) por levarem pautas antidemocráticas às ruas de Brasília.

O advogado Luís Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança Pelo Brasil, mantinha contato com os organizadores de manifestações que entraram na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) por levarem pautas antidemocráticas às ruas de Brasília. Belmonte é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão que a Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira, 16, no âmbito das investigações sobre quem coordena e financia atos contra as instituições.

Por ser o número dois do futuro partido de Jair Bolsonaro, Belmonte era procurado com frequência por coordenadores de manifestações favoráveis ao presidente. O advogado tinha canal de diálogo aberto com representantes da Organização Nacional dos Movimentos (ONM) e do Movimento Direita Conservador (MDC), dois dos principais grupos envolvidos na organização dos protestos.

Quando era questionado sobre o envolvimento nos atos, Belmonte dizia que só aconselhava os militantes bolsonaristas e pedia para que fossem evitados os ataques contra o Congresso e o STF. O advogado participou de uma carreata em abril, mas deixou de comparecer aos protestos para cumprir a quarentena ao lado dos filhos pequenos.

Entre os que procuraram Belmonte estava um representante do grupo de extrema-direita 300 do Brasil, cuja líder Sara Winter foi presa na segunda-feira 15, por ameaçar o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito das manifestações antidemocráticas. O advogado chegou a visitar o acampamento que os bolsonaristas mantinham na Esplanada dos Ministérios na primeira semana de maio. Sara Winter não estava presente na ocasião.

Na mesma semana, um dos representantes do 300 do Brasil, identificado apenas como Felipe, telefonou para o advogado pedindo que o Aliança Pelo Brasil negociasse um terreno com o governo do Distrito Federal para que o grupo pudesse manter um acampamento fixo. A solicitação foi negada pelo dirigente, que não tem boa relação com o governador Ibaneis Rocha (MDB).

A Polícia Federal apreendeu o celular e o computador de Belmonte. Os agentes cumprem 21 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal. Outros alvos são o marqueteiro do Aliança Pelo Brasil, Sérgio Lima, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e alguns blogueiros bolsonaristas.

Fonte: VEJA
Créditos: VEJA