O vereador de João Pessoa, Lucas de Brito (DEM), acredita que os vereadores que, mesmo sendo da bancada que dá sustentação ao Governo Cartaxo na Câmara Municipal, assinaram a CPI para investigar indícios de irregularidades na obra da Lagoa, do Parque Solon de Lucena, não terão coragem para retirar seus nomes do pedido.

Para o parlamentar, houve uma dormência por parte da articulação política do prefeito Luciano Cartaxo ao permitir que vereadores de sua base se rebelassem contra ele e agora, a essa altura, pegaria mal para os governistas que assinaram o pedido de CPI, sem justificativa, retirarem seus nomes.

“O fato é que houve certa dormência por parte da articulação política do prefeito, que dormiu no ponto e permitiu que cinco vereadores de sua base assinassem a CPI e as assinaturas, uma vez colocadas, eu não imagino que nenhum vereador vá ter a coragem de retirar, perante a cidade de João Pessoa, pela mal”, disse. Brito disse ainda que acredita na instalação da CPI, já que o fato determinante existe e as assinaturas necessárias foram colhidas, preenchendo assim todos os requisitos necessários para dar início a apuração.

“Eu particularmente acho que a CPI da Lagoa será instalada, é um pedido que não depende mais da apreciação de plenário, apenas a presidência da Casa. O vereador Durval precisa, apurando a existência de um fato certo e determinado e o numero mínimo de dez assinaturas, e temos dez lá, designar quem vai comandar a comissão e os membros designarem quem será o relator”, destacou.

O parlamentar também lamentou a estratégia tardia da bancada governista de empurrar uma enxurrada de CPIs para tentar tirar o foco da CPI da Lagoa. “Se eles já tinham a estratégia de jogar vários outros pedidos de CPI para que a da Lagoa não fosse instalada, eles fizeram isso de forma tardia, porque a da lagoa foi a primeira, e é quem tem prioridade”, ressaltou.

DENÚNCIA NO MP

Lucas esclareceu que a estratégia da CPI é dar oportunidade ao prefeito Luciano Cartaxo para contrapor as irregularidades detectas pela Controladoria Geral da União.

“A gente parte do principio de dar uma oportunidade ao prefeito de trazer novos elementos, porque até agora ele não soube fazer a CGU mudar de ideia, e nós fazermos uma investigação mais profunda e, uma vez instalada a CPI, os vereadores que integram a comissão passam a ter poder investigatório de juiz, é o poder investigatório que poderá chegar mais próximo da verdade”, arrematou.