
Programa do PT vai ao ar nesta quinta-feira à noite com mensagem de otimismo sobre a crise econômica e política que atravessa o país
Iracema Amaral
Alvo do panelaço, em 8 de março último, quando falou em homanegm ao dia das mulheres, e desde então sumida de pronunciamentos oficiais, a presidente Dilma só aparece quase no final do programa. Dilma só é mostrada aos telespectadores por volta dos 8 minutos do vídeo, repetindo frases ditas durante períodos de maior acirramento da crise política e ecnômica que marca estes oito meses do seu segundo mandato. “Estamos vivendo um ano de travessia, que vai levar o Brasil a um lugar melhor. Quem pensa que nos falta energia e ideia para enfrentar os problemas, está enganado. Sei suportar pressões e até injustiças”, disse a presidente, em uma aparição de pouco mais de um minuto.
Lula admite crise
Antes de Dilma, porém, foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010), que também falou por cerca de um minuto. Lula admite que o país atravessa uma grave crise econômica e política. “A situação não está fácil e a crise já chegou às nossas casas”, afirmou. Apesar do reconhecimento das dificuldades enfrentadas pelo governo do PT, Lula tegiversa e diz que esse momento porque passa o país não é o primeiro e que nos governos passados os problemas enfrentadores eram maiores. “Nosso pior momento ainda é melhor para o trabalhador do que o melhor momento dos governos anteriores”, disse.
‘Errar feio’
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, completou a lista das únicas lideranças petistas que participam do programa. Falcão inciou sua participação afirmando que “há crise em toda parte”. Para em seguida, emendar: “quem tenta restringir a crise ao Brasil quer mesmo enfraquecer o governo e tumultuar o Brasil”. A frase de Falcão coaduna com inserções de loucutores do programa que pedem aos telespectadores a ‘não se deixar enganar pelos os que pensam só em si mesmo”, numa referência, sem citá-los, aos partidos de oposição ao governo de Dilma, que na noite dessa quarta-feira (5) ganhou mais dois opositores, o PTB e o PDT, antigos aliados que deixaram a base do governo no Congresso Nacional.
Apesar das críticas à oposição e àqueles que tentam ‘enfraquecer o governo”, o programa petista não se furtou a fazer uma mea culpa: “Aqui pra nós, é melhor a gente não acertar em cheio, tentando fazer o bem, do que errar feio fazendo o mal”.