O modelo de mandato coletivo, em que a cadeira parlamentar é assumida por um grupo em vez de um indivíduo tem como sua característica principal a participação popular na gestão através da eleição de representantes, mesmo sendo uma das formas contemporâneas mais comuns utilizada na gestão política, há quem diga que o sistema apresenta desvantagens referentes à disputa pelo poder.
No mandato coletivo, estão reunidas pessoas com conhecimentos e experiências em áreas específicas, que possam pertencer a setores sociais; a missão é assumir o compromisso de ser um canal que faça comunicação direta da sociedade no poder público, para que desta forma, possam somar a capacidade em áreas particulares e contribuir na criação de projetos agregando ao mandato várias perspectivas e diferentes saberes.
Notícias Relacionadas
Aniversário do bairro
Eduardo Carneiro parabeniza Mangabeira pelos 41 anos de fundação e destaca espírito empreendedor de moradores do bairro
O deputado estadual, Eduardo Carneiro parabenizou, nesta terça-feira (23), o bairro de Mangabeira pelo aniversário de 41 anos de fundação.
Luto
Murilo lamenta falecimento de Agassiz Almeida e destaca trajetória política do ex-sogro em defesa da democracia
O deputado federal Murilo Galdino lamentou a morte do ex-deputado estadual e federal, Agassiz Almeida, que faleceu ontem (21) aos 88 anos
Na Paraíba, as eleições de 2020 já contam com algumas candidaturas coletivas, que para algumas pessoas, ainda é um novo elemento dentro da política. A reportagem do Polêmica Paraíba conseguiu entrar em contato com três delas, que são: “Nossa Voz” (PT), “A Força do Coletivo” (PT), e Coletivo Popular (PSB), e vamos contar um pouco sobre cada uma.
Conheça Cada Chapa:
NOSSA VOZ, JOÃO PESSOA.
A chapa é formada por três mulheres e dois homens, Marcos Freitas, que é servidor público e militante da consulta popular é quem será registrado na Justiça Eleitoral, e será “oficialmente” o vereador. Porém, de acordo com todos os integrantes do grupo, todas as decisões do mantado serão pensadas e tomadas em coletivo, além disso, toda a articulação passará por um conselho político, que é composto por vários integrantes de outros movimentos que não estão contemplados entre os cinco que os representarão.
A chapa é representada por militantes de movimentos sociais que acreditam em uma organização popular, e a construção da pré-candidatura coletiva se deu a partir da articulação com estes movimentos, onde se tem uma representação de vários seguimentos.
“A gente percebeu que precisamos desse espaço para fazer a defesa das nossas pautas.” Disse Heloisa Oliveira, que é uma das integrantes do grupo.
A FORÇA DO COLETIVO, CAMPINA GRANDE.
A chapa é formada por nove pessoas, 4 mulheres e 5 homens, que são: Juracema Medeiros, Glícia Campêlo, Karina Oliveira, Valter Campêlo, Ivones de Lima, Peu do PT – Pedro Luis, Anderson Albertino, Rodrigo Tomaz, e Edna Serafim.
Em entrevista ao Polêmica Paraíba, Peu do PT, que é o “cabeça” da equipe, disse que o principal objetivo do coletivo é despersonalizar o mandato eletivo, para permitir que pessoas comuns, que não são reconhecidas como “políticos ou políticas”, possam participar do processo decisório na cidade.
“O exercício do mandato eletivo deve deixar de ser uma profissão para ser um espaço de representação das diversas coletividades.” Disse.
A escolha das pessoas que fazem parte do coletivo se deu da necessidade de reunir pessoas com origens as mais diversas possíveis, dentro do campo da esquerda, da luta popular e coletiva. A maioria das pessoas faz parte do diretório municipal do PT, mas há não filiados a partido.
COLETIVO POPULAR, JOÃO PESSOA.
Esta candidatura é junto com o grupo denominado COLETIVO POPULAR. O coletivo é composto por qualquer pessoa que queriam ter voz na Câmara, estão foi dividido em 3 categorias: Co-candidatos, Influenciadores e Militantes. Os Co-candidatos são 30 pessoas, algumas em anonimato devido a perseguição políticas e outras ativistas independentes, como fala um Rafa Max, que é o “cabeça” do coletivo.
O objetivo do grupo é dividir um mandato de vereador com a população, de forma que cada uma posso pautar e votar as demandas de interesse do cidadão.
Rafa Max, em 2018 lançou a primeira candiatura coletiva da Paraíba, de lá para cá, de acordo com o candidato, muitos se interessaram pela ideia e alguns se dispuseram a compor a chapa. “Porém sempre buscamos o mínimos de coerência política Bem como a diversidade de temas, com objetivo claro de englobar várias áreas do conhecimento, ou seja nossa preocupação era não ser uma candidatura de uma pauta só.” disse.
Ver esta publicação no Instagram
Por ser um formato recente de fazer política, o cenário brasileiro ainda vem se adequando a este novo modelo de compor um gabinete. Diferente de um Mandato compartilhado, o Mandato Coletivo não se trata da intervenção de um grupo de pessoas da sociedade civil nas tomadas de decisão de um político eleito, mas sim, como já foi citado, da formação de um time de pessoas com conhecimentos em diversas áreas de atuação que se soma ao gabinete para realizar trabalhos referentes à análise de dados, assessoramento, apoio jurídico e coordenação de comunicação, entre outras funções que um político deve dispor.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
