TSE faz balanço das eleições e afirma que a biometria funcionou

O presidente ainda comentou que o sistema biométrico trouxe mais segurança ao pleito

ministro dias - tse

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, fez um balanço das eleições de ontem e disse que os problemas apresentados no sistema de identificação biométrico dos eleitores foram “casos isolados” que não impactaram no pleito.

O presidente não informou o número de casos e nem quais foram as principais dificuldades com o sistema, disse apenas que num segundo momento haverá um balanço sobre a biometria e as falhas serão usadas para o aperfeiçoamento do modelo.

“A identificação biométrica é um sucesso e foi um sucesso. Se houve caso, se houve algum atraso, está mais que claro, pela hora de divulgação [do resultado], que foram casos isolados (…) e sem nenhuma significância”, disse.

Toffoli destacou que a Justiça Eleitoral bateu o recorde de 2010, quando a divulgação a respeito dos candidatos presidenciais que, matematicamente, estariam no segundo turno, aconteceu às 20h04. Ontem, a divulgação foi feita às 19h56. “Aqui em Brasília se dizia que terminaria a votação às 21h e antes das 18h tínhamos praticamente o resultado finalizado”, disse.

O presidente ainda comentou que o sistema biométrico trouxe mais segurança ao pleito. Segundo ele, um eleitor foi preso no Distrito Federal tentando votar duas vezes. Ele foi flagrado justamente devido à identificação de suas digitais.

Em seu pronunciamento após as eleições, Toffoli parabenizou os eleitores e considerou o pleito uma vitória da democracia.

Disse que eleitores e candidatos deram sinais de maturidade propiciando uma eleição pacífica e sem maiores percalços.

Questionado sobre o fato de eleitores terem feito selfies no momento do voto, Toffoli disse que não são “alguns” retratos que irão macular “a atuação do povo brasileiro nesse exemplo para o mundo da liberdade do exercício do voto”.

Apesar disso, destacou que os casos serão investigados e que a Justiça Eleitoral tem como foco coibir fotografias que possam ser usadas como prova de que o eleitor votou em algum candidato coagido ou vendendo seu voto.

OCORRÊNCIAS

No quinto boletim do dia, divulgado pela Justiça Eleitoral, dados atualizados até as 18h50 de ontem, mostram que foi preciso substituir 5.012 urnas ao longo da votação. O percentual de substituição superou o de 2010. Naquele ano o índice ficou em 0,72%. O ministro não considerou importante a elevação na quantidade. “Houve aumento, talvez, pela idade das urnas. Temos urnas de 2004 e 2006. Estamos tomando providências. Já há aquisições de novas urnas”, declarou.

Por fim, o ministro disse que, pela tranquilidade na votação, “não houve necessidade de nenhuma conversa com o ministro da Justiça ou com o ministro da Defesa”.

As informações mais recentes da Justiça Eleitoral divulgadas até ontem apontam registro de 3.625 ocorrências. Dessas, 3.186 envolveram não candidatos e 439 candidatos. Das que envolveram candidatos, 71 resultaram em prisão. No caso dos eleitores, houve 1.362 detenções. O principal motivo de prisão, tanto de eleitores quanto de candidatos, foi a boca de urna, respectivamente com 906 e 38 prisões.

Jornal da Paraíba