Política

TAL PAI, TAL FILHO: Carlos Bolsonaro não quer representantes LGBT no Conselho da Mulher do RJ

Filho de senador reproduz na Câmara carioca os mesmos conceitos defendidos por seu pai no Congresso

TAL PAI, TAL FILHO: Carlos Bolsonaro não quer representantes LGBT no Conselho da Mulher do RJ

imagePara o vereador Carlos Bolsonaro (PP) – filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP) -, movimentos feministas e ligados ao público LGBT não podem participar do Conselho Municipal da Mulher do Rio de Janeiro (CODIM-RIO). Ele apresentou, na última terça-feira (23), uma emenda que pede a modificação do projeto de lei que cria o Conselho.

“Mulher é mulher e ponto final! A Prefeitura do Rio propôs a criação do Conselho Municipal da Mulher para traçar diretrizes e maneiras de defesas ao sexo feminino. Iniciativa admirável se não fosse pela indicação dos membros deste conselho: ENTIDADES DE LÉSBICAS (LGBT), FEMINISTAS, NÚCLEOS DE ESTUDO DE GÊNERO DE UNIVERSIDADES E OUTROS. Felizmente conseguimos mudar essas orientações! O prefeito Eduardo Paes falha ao tentar emplacar essa covardia com as verdadeiras mulheres trabalhadoras que teria mudado a intenção louvável do projeto!”, escreveu em sua página no Facebook.

O Conselho foi criado por meio do projeto de lei de autoria do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) com o intuito de “discutir e encaminhar políticas públicas sob a ótica de gênero com recorte de raça e etnia, respeitando as diferentes demandas das diversas faixas de idade, a livre orientação sexual e religiosa e destinadas a garantir a igualdade de oportunidades e de direitos entre homens e mulheres, de forma a assegurar à população feminina o pleno exercício de sua cidadania, na perspectiva de sua autonomia e emancipação”.

A proposta de Bolsonaro, com a emenda, é reduzir o 2º artigo do projeto para “excluir palavras em excesso”. O artigo, no caso, trata da “implementação de políticas públicas comprometidas com a eliminação dos preconceitos e desigualdades de gênero”. Com a possível redução, a participação de coletivos feministas e LGBT, por exemplo, estariam vetadas.

O projeto já foi aprovado nas comissões da Câmara dos Vereadores e volta à Comissão de Justiça para a sua redação final, e então seguirá para o plenário. Caso passe, deverá ser sancionado pelo prefeito.

Revista Fórum