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Sem "tesão" para a política, Ney Suassuna dispara: "Não quero estar de fralda andando pelos corredores do Senado"

O senador acha que novas lideranças também devem ter chances e que o político tem que ter o "simancol" para saber a hora de entrar e sair.

Em entrevista à rádio Arapuan FM nesta quarta-feira (18), o senador Ney Suassuna (Republicanos) afirmou que não está tão empolgado para fazer política, mas se sente na obrigação de ajudar a Paraíba.

“Não quero mais saber de política, eu quero saber o que posso fazer pela nossa Paraíba”, sentenciou Suassuna.

Para o parlamentar, quando se fala em política, existem vários entendimentos, mas ele garantiu estar empenhado em trabalhar pelo estado, a exemplo do desbloqueio de dois empréstimos para a agricultura e para a área de saúde que estavam paralisados e que somam mais de R$ 1 bilhão.

Ney também afirmou estar brigando pelo porto de Cabedelo, que era para estar com 11 metros de profundidade para receber embarcações de até 35 toneladas, mas que atualmente está com 8 metros e elogiou o trabalho da presidente da Cia. Docas de Cabedelo, que para o parlamentar, tem sido bastante receptiva às iniciativas em favor da eficiência do porto.

O senador também disse que está focado nos hospitais universitários junto ao Ministério da Educação e da Saúde e que ja pediu audiência com os dois titulares das pastas para ver o que pode ser feito.

Com relação às eleições de 2022, Ney considera muito cedo avalizar uma eventual candidatura do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB), de quem é suplente, ao Governo do Estado. Para Suassuna, o momento é concentrar forças para tirar a Paraíba da atual situação econômica.

Já sobre o pleito municipal de 2020, Ney preferiu não tomar partido e disse que prefere deixar que a população escolha o melhor.

Questionado sobre a possibilidade de tirar novas licenças do senador Veneziano, cujo mandato vai até 2028, Suassuna disse que isso fica a critério do titular do mandato.

Já sobre uma eventual candidatura em 2022 a senador ou a deputado federal, Ney rechaçou a possibilidade.

“Eu detesto ver o político que vira profissional e não quer sair do lugar, sem dar chance a novas lideranças. Eu não quero estar de fralda andando pelos corredores do Senado e nem em cargo público nenhum. Eu acho que a gente tem que ter o “simancol” e saber a hora de entrar e sair”, disse o senador.

Acerca da amizade com o presidente Jair Bolsonaro, Ney disse que os empréstimos de R$ 1 milhão só saíram porque o presidente liberou. Ele relembrou que foi empossado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), que nunca havia presidido uma sessão no Senado imediatamente lhe cedeu a cadeira.

“Quem já viu um suplente chegar e assumir a presidência da sessão?”, comemorou Ney.

O senador finalizou dizendo estar de ministério em ministério e quando encontra dificuldades procura o presidente, que para Ney, tem feito tudo o que pode e que não se negou a atender nenhum pedido dele.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba