Secretário do Estado diz que responde a processo por ter assumido secretaria e deixa cargo a disposição para transição

O secretário de Agricultura do Estado, Agamenon Vieira, disse hoje, durante entrevista ao programa “Debate sem Censura” da rádio Sanhauá, que sofreu retaliações no passado ao assumir o cargo antes mesmo da aliança formalizada entre o PT e PSB no Estado. Após anúncio de reforma administrativa, Agamenon demonstrou desejo em permanecer na pasta, mas disse que está a disposição se o governador desejar modificar o quadro.

Agamenon revelou que enfrentou processo junto ao PT quando decidiu apoiar Ricardo Coutinho: “Ainda estou no PT, e posso até dizer que eu coloquei minha militância para trabalhar pra Ricardo Coutinho com o avanço e com o projeto que ele tem para trabalhar para os mais necessitados e um convite que recebi para ser o secretário e eu não podia recusar, e estou respondendo por isso porque o partido disse que se eu fosse eu perderia. Estamos aí para qualquer indicação que vier”, disse.

O secretário afirmou que se colocou a disposição do governador para eventuais mudanças da reforma administrativa: “Os cargos estão a disposição para o governador fazer o que quiser e se eu não ficar estarei disposto a ajudar quem for nesse processo de transição”.

Agamenon recordou a trajetória dentro do Partido dos Trabalhadores: “Sou um militante na Paraíba. Eu me sentei naquele ciclo operário para gente fundar o Partido dos Trabalhadores. Eu fui o presidente do sindicato dos professores que ele acompanhava lá a Ampep, Associação do Magistério Público do Estado da Paraíba. Fui o primeiro presidente da Central Única dos Trabalhadores, eleito em congresso lá em Campina Grande”, disse.

O secretário falou sobre a necessidade de reforma política: “Nós tivemos uma campanha em âmbito nacional e estadual com 34 partidos políticos registrados no TSE e todos os partidos, você pode observar, são divididos. Mesmo os pequenos eles tem racha. Então, nós temos uma representatividade democrática através do partido político. É tanto que eu fiquei muito satisfeito com a visita de Dilma aqui no Forrock que falou em reforma política e todo mundo subiu batendo palmas. Eu acho que chegou o momento que os políticos vão fazer as contas deles e ver que muitos vão cair se não fizerem uma reforma política que deixe os brasileiros sabendo nitidamente o que está acontecendo”, concluiu.

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