O projeto tem como principal intuito trazer a visão dos nomes que vão se colocar como postulantes à uma das 36 vagas na Assembleia Legislativa
O nosso entrevistado de hoje é Tarcísio Jardim.
Vereador da Capital em seu segundo mandato, Jardim disputou o pleito de 2022, ficando na segunda suplência do PP e espera melhorar a sua votação em 2026.
A PREVISÃO DE VOTOS PARA 2026
Polêmica Paraíba: O Senhor alcançou a suplência na sua primeira disputa estadual. Como o Vereador espera melhorar a sua votação e com isso se eleger em 2026?
Eu penso em potencializar minha votação em João Pessoa, porque é difícil você conseguir votos no interior quando você não tem relação com nenhum prefeito ou nenhum outro parlamentar.
Eu acredito que eu saia de João Pessoa com algo em torno de uns 15 mil votos e vá tentar conseguir algo em torno de 5 mil para cima no interior.
A estratégia para conseguir esses votos ao redor do estado, vai ser focar na pauta do esporte e no pessoal da segurança pública, que sentem a falta de representação dentro da Assembleia.
E agora com o PP nessa federação com União Brasil, o partido deverá fazer várias vagas e eu acredito que pela pela cauda de candidatos, o partido consegue eleger Deputados com 18 ou 20 mil votos.
A DISPUTA POR VOTOS NA CAPITAL
PP: Alguns colegas de Câmara Municipal devem sair candidatos tanto para Assembleia como na Câmara Federal. Como se sobressair nos votos da Capital, que contém dezenas de nomes conhecidos de vários espectros políticos?
A gente tem muitos candidatos, mas também nós temos muitos eleitores, cada um com sua vertente, cada um tem sua camada política.
Aqueles que me conhecem sabem que minha política não é a política do capital, a política do dinheiro, a política de compra de voto, faço a política do voto consciente.
O meu nicho político é o pessoal da segurança pública, que é uma pauta que está em alta, pois tá todo mundo clamando por segurança.
Eu espero que as pessoas reconheçam o que venho fazendo na Câmara e prezem por alguém realmente preparado, que trabalhou na rua e que sabe o que é ser policial.
FUTURO PARTIDÁRIO
PP: Pensando nas eleições de 2026, o Senhor vai se manter no PP após essa federação com o União Brasil? Ou essa é uma decisão que precisa ser mais trabalhada?
Eu não tenho pretensão de sair do partido. O partido tem honrado todos os compromissos comigo, inclusive eu assumi o mandato como Deputado e provavelmente vou assumir de novo ainda esse ano.
Enquanto eu não tiver justificativa, eu não pulo de galho em galho, simplesmente para me favorecer. Eu gosto de trabalhar em grupo, porque se a gente pensar individualmente, a gente não consegue chegar a lugar nenhum.
Tenho um bom diálogo com o nosso líder que é Aguinaldo Ribeiro, um bom diálogo com a nossa Senadora Daniela Ribeiro, tenho uma amizade muito próxima do nosso futuro Governador Lucas Ribeiro, do prefeito Cícero Lucena, e posso afirmar que eu tenho acima de tudo um vínculo pessoal, com os líderes do PP.
O CONSERVADORISMO NA ASSEMBLEIA
PP: Você é um dos mais conhecidos representantes do conservadorismo no estado. O Senhor acha que faltam outros nomes que pensam como o Senhor na Assembleia ou o mais importante é que tenhamos nomes qualificados, independente da posição política?
Eu acho que a gente precisa de pessoas que não façam circo e que não sejam personagens. Eu respeito a história de Wallber, foi policial civil, mas ele nunca enfrentou o crime na ponta da lança, nunca esteve na rua, ele é um delegado de polícia, não é um investigador de polícia como eu fui.
A política que ele faz é a política de criticar, de apontar os problemas e não trazer solução, e essa política não funciona para a segurança pública.
A gente precisa ter lugar na mesa, precisa ter as portas abertas para sentar com o Secretário de Segurança, sentar com o Governador, para que as instituições tenham vez para poder negociar.
O que a gente não pode, é entregar uma pauta extremamente específica na mão de pessoas que não entendem, porque os que supostamente deveriam entender só querem ficar fazendo barraco para se capitalizar politicamente.
PP: Nas palavras do Senhor, fica uma sensação de que o Vereador acredita que Wallber Virgolino atrapalha os profissionais da segurança pública, isso procede?
Com certeza. É só você perguntar a qualquer integrante da segurança pública, se eles concordam com essa postura que é adotada por Wallber.
Isso vai resolver o problema? Vai nos trazer a tão sonhada média comparada aos outros estados do Nordeste? eu acho que não.
Às vezes, a gente precisa baixar a crista um pouquinho, engolir o nosso ego para poder representar quem nos colocou no mandato. Não fazer a política que a gente quer fazer, a gente tem que fazer a política que as pessoas esperam que a gente faça.
Porque para mim era muito fácil também adotar esse personagem, do revolucionário solitário, que quer resolver os problemas sozinho. E quem escolheu você para estar lá para ser representado, será que realmente está sendo representado?
Figuras como Wallber surfam na revolta popular com a política. Para melhorar a política, a gente precisa colocar pessoas qualificadas e que queiram resolver problemas e não ser mais um problema.
POSICIONAMENTO NA DISPUTA AO GOVERNO DO ESTADO
PP: A preço de hoje, o Tarcísio teria um candidato a Governador? Acha que é necessário para a população, saber a opinião dos candidatos acerca do tema?
É difícil eu estar me posicionando o tempo inteiro sobre demandas estaduais porque eu sou Vereador e eu inclusive já reclamei disso dentro da Câmara Municipal, onde fica ali vários Vereadores falando de pautas nacionais, de Lula e Bolsonaro e a cidade cheia de problema.
Nessa questão de governo, eu acho que o grupo vai escolher qual é o nome. Diante da possível saída de João Azevêdo e Lucas se tornando governador interino, eu acho que é natural que ele seja candidato ao governo, mas tem toda essa questão da federação também e a gente vai sentar como grupo para debater.
Eu sempre escuto e confio muito nas decisões do grupo e eu espero que o grupo decida pelo melhor nome.
E quanto a essa questão da casadinha, as pessoas esquecem de separar o candidato de governo do candidato a deputado e votam em nomes sem qualificação, que termina contribuindo para colocar pessoas incapacitadas e incompetentes dentro de um cargo tão relevante, como são os cargos do executivo e do legislativo estadual.
OBJETIVOS PARA O POSSÍVEL MANDATO
PP: Qual a principal luta e qual será a principal bandeira que o Senhor vai defender se eleito na Assembleia?
Eu trago bem forte as bandeiras da segurança pública e do esporte. Fui atleta profissional de jiu-jitsu durante 12 anos, campeão mundial, brasileiro e sul-americano. Eu sei o que um atleta sofre para poder conseguir ter seu lugar ao sol.
Eu trago também a pauta do bem-estar das pessoas que não tem suas suas vozes escutadas, como o pessoal da fibromialgia, do lúpus, das doenças autoimunes, as crianças com espectro autista, que são o público do meu projeto de Jiu-Jitsu com aulas gratuitas no Torre e Valentina.
E eu pretendo ampliar esse projeto para o estado inteiro. Eu vejo o quanto essas crianças se modificam, o quanto essas famílias se transformam e eu quero provocar essa mudança.
Eu sei que minha minha carreira política, ela não vai ser longa, porque eu não pretendo me perpetuar no cargo como a grande maioria pretende.
Quero apenas cumprir a minha missão política, mostrar que é possível sim a gente fazer uma política limpa, honesta e de resultado, sem fazer críticas pessoais ao CPF de seu ninguém e que eu posso encorajar outras pessoas, como eu fui encorajado lá em 2020.
Essa é a minha confiança, para mais uma vez sair candidatar a Deputado e entregar uma cidade e um estado melhor para minha filha, para os meus netos e que a gente possa lá na frente, ter uma sociedade
Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba