Embora a grande mídia não tenha contemplado em sua pauta cotidiana, ainda assim o discurso do governador do Maranhão, Flávio Dino, por ocasião de solenidade no Maranhão, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, continua repercutindo nas redes sociais e em todos os setores da política do país. A contundência de sua fala encontrou eco junto a segmentos que não manifestam aderência às estratégias golpistas e irresponsáveis de parlamentares (inconformados pela própria incapacidade de vencer nas urnas…), de setores retrógrados do empresariado e até colunistas e âncoras que reproduzem a cantilena apocalíptica ‘ad nauseam’…
Em outra ponta, cá entre nós, chama atenção a postura do governante paraibano Ricardo Coutinho que nos últimos dias não tem se furtado a exercer semelhante papel quando se trata de defender a preservação da ordem democrática, da legitimidade do mandato presidencial conferido pelas urnas. O que já havia sido reiterado no encontro dos governadores nordestinos, o chefe do executivo vai além e não tem desperdiçado oportunidade de alfinetar ‘paladinos’ cujas biografias não respaldam as respectivas retóricas.
Com isso, e esses são apenas alguns dos pequenos gestos ‘clicados’ pela coluna, percebe-se o redesenho de uma nova plataforma política e administrativa da região Nordeste em que se demonstra o ocaso das tradicionais oligarquias de ‘mando e desmando’, sob a égide do subdesenvolvimento, da miséria e do analfabetismo político. Ricardo Coutinho e Flavio Dino sinalizam essa perspectiva, de altivez e insubordinação, senhores de seus próprios destinos.
(*) Transcrição da coluna semanal Caleidoscópio Midiático, do jornal CORREIO da Paraíba.
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