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RACHAS NAS PREFEITURAS: Veja os casos mais recentes de rompimentos entre ex-aliados na ParaĆ­ba

O PolĆŖmica ParaĆ­ba irĆ” trazer aos leitores, cinco casos recentes de rachas nas Prefeituras que conseguiram mexer a polĆ­tica paraibana.

RACHAS NAS PREFEITURAS: Veja os casos mais recentes de rompimentos entre ex-aliados na ParaĆ­ba

A formação de uma chapa é algo que tem de ser feito de forma muito estratégica. Alianças políticas são estruturadas em torno de indicações, similaridades de ideias e acordos que muitas vezes duram por mais de uma geração.

Mas nem sempre essas parcerias duram todo o mandato. Desacordos, brigas e acusações de traição, são algumas das razões colocadas como motivos para o rompimento dessas alianças.

Nessa matéria, o Polêmica Paraíba irá trazer aos leitores, cinco casos recentes de rachas nas Prefeituras que conseguiram mexer nas configurações da política paraibana.

Emerson Panta e Jackson Alvino – Santa Rita

Emerson Panta foi Prefeito de Santa Rita entre 2017 e 2024, e após muitas deliberações, escolheu o primo e Vereador Jackson Alvino, como o seu candidato à sucessão.

Em uma disputa acirradíssima contra o apresentador Nilvan Ferreira, apoiado pelo Governador João Azevêdo, Alvino venceu o pleito com uma diferença de pouco menos de 2% dos votos, ao atingir 48,44%, contra 46,50% de Nilvan.

Uma das primeiras medidas adotadas por Jackson após tomar posse, foi tornar Panta, Secretário de Representação Institucional da Prefeitura.

Mas os primeiros rumores de um possível rompimento começaram a surgir em Março, com a aliança do Prefeito com o Governador, rompido politicamente com os Pantas e as sucessivas ausências do casal Panta nas solenidades da Prefeitura.

Após muito disse me disse, tudo ficou claro no dia 2 de junho, com a exoneração do ex-Prefeito do cargo de Secretário.

Dois motivos colocados como principais causas para esse rompimento, foram a suposta interferência de Panta na Prefeitura e a dificuldade que Alvino teria de angariar recursos da bancada federal, pelo fato do ex-Prefeito se apresentar como pré-candidato à Deputado Federal.

Marcus Diogo e Léa Toscano – Guarabira

Vereador mais votado em 2012, Marcus Diogo foi alçado a Vice na chapa do Prefeito Zenóbio Toscano, que buscava à reeleição em 2016.

A dupla foi eleita com pouco mais de 47% dos votos e tudo ia conforme o habitual, até o surgimento da pandemia de Covid-19, que infelizmente junto à um AVC, causou a morte de Zenóbio no dia 14 de junho de 2020.

Marcus assumiu o cargo e se colocou como candidato do grupo Toscano, sendo eleito em uma disputa contra a ex-Prefeita Fátima Paulino.

Como sua sucessora para o pleito de 2024, a escolhida foi a ex-Prefeita e Deputada Léa Toscano, viúva de Zenóbio.

Mas a aliança não durou nem durante a própria eleição, com o Prefeito sendo colocado de lado no grupo, aparecendo em raras ocasiões ao lado da então candidata, por uma suposta aprovação baixa identificada em pesquisas internas, que poderia de alguma forma prejudicar a campanha de Léa.

Após a vitória de Toscano no embate contra Roberto Paulino, a guerra fria entre os dois continuou até o anúncio oficial do rompimento vindo da parte de Marcus, ao afirmar em 30 de dezembro do ano passado, que não teria recebido “o devido reconhecimento da sua gestão” por parte de Léa e de sua filha, a deputada estadual Camila Toscano.

Luquinha do Brasil e Jeferson Vieira – Marizópolis

A dupla formada pelo Prefeito Lucas Braga, conhecido como Luquinha do Brasil e Jeferson Vieira, tem a sua base e formação pautada por Zé Vieira, primeiro Prefeito da cidade e principal líder político da cidade.

O grupo de Zé Vieira imbatível em disputas anteriores, se viu derrotado em 2016 e 2020, sendo que na última Luquinha, indicado pelo Prefeito Zé Pedrinho, vendeu Jeferson, filho de Zé Vieira.

Após essas derrotas, o grupo de Zé Vieira se uniu ao Prefeito, com a promessa de indicar o Vice no pleito de 2024 e isso aconteceu, com Jeferson sendo o escolhido.

A dupla venceu o pleito com uma boa vantagem, mas a aliança não durou muito tempo, com o Prefeito anunciando o rompimento em maio deste ano, acusando o grupo dos Vieiras de conspiradores, enquanto os Vieiras afirmaram que Luquinha não teria cumprido vários acordos firmados após a formação da aliança.

Adjamir Souza e João Ribeiro – Curral de CIma

Após ser derrotado em uma disputa acirradíssima contra o então Prefeito Totó Ribeiro em 2020, Adjamir Souza retornou na última eleição ao lado de João Ribeiro, o Vereador mais votado.

A dupla conseguiu derrotar o grupo de Totó, vencendo um pleito que muitos colocavam como improvável.

Mas a união dos dois não durou nem um mês, com o Vice anunciando o rompimento após ter a esposa exonerada, aliada à insatisfação do vice-prefeito com a recusa de Adjamir em atender a demandas relacionadas à nomeação de aliados do União Brasil.

De acordo com fontes, João havia apresentado uma lista com indicações para cargos na administração municipal, mas o prefeito se recusou a acatar as sugestões, gerando um desgaste entre o Prefeito e seu Vice.

Josmar Lacerda e Cristina Lacerda – Itatuba

O rompimento entre Cristina e Josmar com apenas 20 dias de mandato, pegou muita gente de surpresa, principalmente após a decisão abrupta tomada pela Vice-Prefeita.

Eleitos após uma disputa apertada contra o ex-Prefeito Aron Andrade, os dois pareciam estar em uma certa harmonia, na posse do dia 1 de Janeiro.

Mas tudo mudou no dia 21 de janeiro, quando a Vice renunciou ao cargo alegando não ter sido consultada sobre “decisões cruciais” para a administração da cidade.

Lacerda também disse que não iria compactuar em ficar presa a um cargo apenas pelo salário.

“De forma alguma, aceitaria receber um salário de R$ 10 mil reais, sem condições e espaço para trabalhar em prol do município”, comentou.

Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba