Política

QUEM GANHA EM 2018 ? O diabo é que não parece nada promissora a safra de candidatos - Por Carlos Chaga

Entre os tucanos, Aécio Neves ocupa a pole-position, com Geraldo Alckmin nos seus calcanhares. Nas pesquisas, o PSDB leva vantagem. Marina Silva insistirá. E mais um monte de opções indefinidas, como Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro e Joaquim Barbosa.

QUEM GANHA EM 2018 ? O diabo é que não parece nada promissora a safra de candidatos - Por Carlos Chaga

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Uma disputa insossa, amorfa e inodora

Carlos Chagas

Ciro Gomes, devagar, vai  abrindo espaços para o retorno. No caso,  quinze anos depois, pretende voltar a disputar a presidência  da República. De partido novo,  o PDT, com a mesma mensagem: o país necessita de um plano diretor. De diretrizes em condições de apontar  rumos que nos façam recuperar o tempo perdido.

Não era para 2016 tornar-se um ano sucessório, mas dificilmente deixará de ser, depois da lambança encenada por Dilma Rousseff, em especial no segundo mandato, apesar de estar colhendo agora os efeitos do primeiro. Mesmo assim,  o PT  não  deixará de concorrer com o Lula.

Michel Temer, se não for beneficiado pelo impeachment de Madame, posiciona-se como a bola da vez, no PMDB. Não há outro,  afastada como parece a hipótese de José Serra mudar de partido.

Entre os tucanos, Aécio Neves ocupa a pole-position, com Geraldo Alckmin nos seus calcanhares. Nas pesquisas, o PSDB leva vantagem. Marina Silva insistirá.  E mais um monte de  opções  indefinidas, como Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro e Joaquim Barbosa.

Desse leque capaz de revelar  outras surpresas até 2018,  salta a evidência do velho provérbio árabe de que “bebe água limpa quem chega primeiro na fonte”:  a hora de os pretendentes à sucessão começarem a mostrar-se é agora, melhor dizendo, ano que vem. O vazio aberto pelo fracasso dos atuais detentores do poder impõe a todos os acima referidos o esforço não só de se tornarem conhecidos, mas de apontarem saídas para o impasse atual. Roteiros, planos e programas precisam ser elaborados, mostrados  e comparados. Daí a antecipação do processo sucessório, mesmo num ambiente de descrença generalizada. O diabo é que não parece nada promissora a safra de candidatos.  Inexiste, ao menos até agora, um nome capaz de empolgar, concentrando  expectativas e até esperanças. Como milagres estão fora de moda, melhor  parece que se inicie a disputa.  Mesmo insossa, inodora e amorfa.