Parece que o Teatro Pedra do Reino terá que se submeter a um teste de DNA para descobrir quem é o “pai” dessa grande obra.
O estopim desta situação foi uma publicação (confira abaixo) do ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), que atribuiu ao seu pai, o ex-governador Cássio Cunha Lima, o título de idealizador e verdadeiro responsável pelo Centro de Convenções de João Pessoa e, em especial, pelo grandioso Teatro Pedra do Reino.
Em suas redes sociais, Pedro Cunha Lima fez uma defesa veemente do legado administrativo de seu pai. Segundo Pedro foi Cássio, durante seu mandato, quem concebeu a ambição de construir um “teatro grande” para o estado, Ainda de acordo com o relato, o projeto inicial, que teria capacidade para cerca de 800 pessoas, foi radicalmente ampliado por decisão de Cássio Cunha Lima, que visionou um espaço muito mais ousado. A proposta, então, foi escalada para os atuais quase 4 mil lugares, tornando-se um dos maiores do país.
Pedro Cunha Lima parece que “esqueceu” a cassação de Cássio em 2008 e que foi Ricardo Coutinho, em 2015, que inaugurou o Teatro Pedra do Reino, que faz parte do complexo do Centro de Convenções.
O Teatro Pedra do Reino, batizado em homenagem à obra-prima do escritor paraibano Ariano Suassuna, é hoje a joia do complexo. Com capacidade para cerca de 3.800 pessoas e uma acústica elogiada, ele é palco de grandes espetáculos nacionais e internacionais, consolidando-se como um equipamento cultural vital para a Paraíba.
Enquanto a classe artística e o público usufruem do espaço, a discussão sobre quem deve levar os créditos por sua existência segue aquecendo os ânimos no campo da política, provando que, na Paraíba, as batalhas por legado e memória são tão intensas quanto as eleições.