PSTU emite nota e pede que eleitores votem 16 no segundo turno

No documento, o partido diz que manterá a neutralidade no processo eleitoral por não aceitar apoiar “a espada nem a guilhotina”

radical

O diretório estadual do PSTU emitiu nota na tarde desta terça-feira, 07, e pede aos eleitores que votem no 16 no segundo turno das eleições paraibanas. No documento, o partido diz que manterá a neutralidade no processo eleitoral por não aceitar apoiar “a espada nem a guilhotina”.

Leia a nota na íntegra:

Nem Ricardo, nem Cássio, no 2o turno, somos 16 de novo para construir uma Paraíba para os/as trabalhadores/as!!!

Com 100% das urnas apuradas e com o 2º turno já consolidado entre os candidatos Cássio Cunha Lima (PSDB) e Ricardo Coutinho (PSB), o PSTU vem a público fazer algumas considerações sobre o atual processo eleitoral do qual participamos, em seu 1º turno.

Inicialmente, queremos registrar o alto índice de abstenção e de votos nulos nas eleições deste ano em nosso Estado. Foram exatos 500.260 eleitores/as que não foram às urnas votar. A burguesia quer explicar isso por conta de problemas ocorrido com algumas urnas que deram problemas com o software ou por conta da biometria. Mas é impossível não relacionar isso com os levantes de junho de 2013. Além disso, mais 192.482 eleitores/as paraibanos/as anularam seu voto. Ou seja, 692,742 paraibanos/as deram uma demonstração de repúdio ao regime neste 05/10.

Queremos, em primeiro lugar, agradecer aos/às eleitores/as paraibanos/as que depositaram sua confiança nas candidaturas do PSTU. Cada um dos 1070 votos dados ao companheiro Zé Maria, nosso candidato a Presidente, assim como os 2570 votos a Antonio Radical, candidato a Governador e os 1461 votos dados a Rama Dantas, nossa candidata ao Senado, são extremamente significativos para um partido como o nosso, que enfrentou uma campanha eleitoral construída para beneficiar os grandes partidos que, por sua vez, são financiados pelas grandes empresas que, assim, esperam por sua recompensa a partir do momento em que estes sejam eleitos. Construímos uma campanha com poucos recursos financeiros (por conta de uma de uma decisão política, de só aceitar dinheiro dos/as trabalhadores/as, baseada em um princípio político de que queremos governar para os/as trabalhadores/as), com pouquíssimo tempo no guia eleitoral e tendo ainda sido excluído de vários debates de TV. Por conta de tudo isso, sentimo-nos muito satisfeitos com o resultado eleitoral obtido por nossos candidatos. Sentimo-nos mais satisfeitos ainda porque, ao longo desses três meses de campanha, muitas pessoas em várias localidades da Paraíba, viram nosso partido pela primeira vez e sentiram-se estimuladas a nos conhecer ainda mais. Isso, para nós, é o mais importante que fica do processo eleitoral. Queremos, neste momento, convidar todos e todas que nos conheceram nestas eleições, que nos procurem na nossa sede em João Pessoa para que possam nos conhecer ainda mais e melhor.

Neste 2º turno, os/as trabalhadores/as da Paraíba estão em uma encruzilhada: ter que escolher entre a espada e a guilhotina. Porém, não seremos nós, do PSTU, a afirmar para nossa classe qual dos dois lados dessa encruzilhada esta deverá optar. A Paraíba continua sendo um dos Estados com os piores indicadores sociais do país, possuímos mais de 17% do nosso povo de analfabetos (quase uma João Pessoa inteira), além de uma taxa de desindustrialização muito alta. Ao longo dos últimos quatro anos, assistimos Ricardo Coutinho implantar a precarização no serviço público estadual, ao promover a terceirização no Hospital de Trauma de João Pessoa às custas de mais exploração dos servidores daquela unidade de saúde e encher o bolso da Cruz Vermelha Brasileira; acabou com uma gratificação de mais de 20 anos dos profissionais da educação estadual que era implantada na aposentadoria da categoria e, em seu lugar, colocou uma Bolsa Desempenho que, em casos de atestado médico por 15 dias, no mínimo, o profissional perde esta B

olsa Desempenho; acabou com o horário corrido dos técnico-administrativos; destruiu de vez o IPEP; atacou duramente todos os PCCR’s dos servidores, em especial do Fisco, dos policiais e médicos. Por outro lado, Cássio Cunha Lima em seu governo arrochou os salários das categorias, que tiveram que promover inúmeras greves para poder recuperar as perdas salariais, além de melhores condições de trabalho. Ou seja, nenhum desses senhores tem NADA a oferecer em melhorias para nossa classe no próximo período, a não ser mais sofrimento e agonia. Irão governar para os mesmos de sempre, aqueles que continuam lucrando, seja em época de PMDB, PSDB ou agora com o PSB no com ando do governo do Estado. Se Cássio Cunha Lima representa o coronelismo eleitoral na política, como corretamente afirmam algumas forças políticas que atuam nos movimentos sociais, Ricardo Coutinho por sua vez em nada se diferencia, pois em seu arco de alianças atuam pessoas do naipe de Efraim Morais, Efraim Filho, Aguinaldo Ribeiro, dentre outros. Mudam as cores partidárias, mudam os nomes, mas aqueles que lucram são os mesmos. Estes, sim, têm o que comemorar com a vitória de Cássio ou Ricardo. Estes vão se fartar nos banquetes ou festas na Granja Santana.

Defenderemos, como sempre defendemos, que os/as trabalhadores/as procurem o caminho da resistência e da independência de classe. Ao longo do 1º turno, foi isso que fizemos através da candidatura de Antonio Radical. Não iremos fazer diferente neste 2º turno. Continuaremos defendendo a suspensão imediata da dívida pública como forma de resolver os graves problemas sociais de nosso povo; a suspensão imediata do contrato do Estado com a Cruz Vermelha Brasileira na gestão do Trauma de João Pessoa; realização de concursos públicos em todas as áreas do serviço público estadual como forma de, entre outras coisas, substituir os prestadores de serviço; reestatização das empresas estatais paraibanas, como Saelpa, Paraiban, Celb e Setusa, administradas por um Conselho formado por trabalhadores/as e usuários/as do setor; pagamento do piso salarial do magistério estadual, rumo ao salário do DIEESE; implantação do PCCR dos policiais; desmilitarização da PM e unificação das polícias; pagamento efetivo do subsídio dos auditores fiscais do Estado; implantação de uma Mesa Permanente de Negociação com as entidades do serviço público estadual, dentre outras propostas.

Como nem Cássio nem Ricardo defendem de verdade essas propostas, chamamos todas e todos a repetiram o voto no próximo dia 26/10 e votar 16 de novo para reafirmar o compromisso com uma PARAÍBA PARA OS TRABALHADORES!!!

Polêmica Paraíba