Criticas

Prisão domiciliar de Bolsonaro gera reação de aliados paraibanos nas redes: “perseguição política"

Prisão domiciliar de Bolsonaro gera reação de aliados paraibanos nas redes: “perseguição política"

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta segunda-feira (04) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente pela Corte.

A decisão teve ampla repercussão entre nomes da direita paraibana, que usaram as redes sociais para criticar a medida e defender Bolsonaro. Nivan Ferreira, afirmou que “o Brasil não tem mais jeito” e criticou a prisão do ex-presidente. “Preso sem condenação, sem desviar e sem assaltar os cofres públicos”, escreveu.

O deputado estadual Walber Virgolino também reagiu à decisão do STF, citando uma frase de Rui Barbosa: “Quando a política penetra no recinto dos tribunais, a justiça se retira por alguma porta”.

Já o deputado federal Cabo Gilberto Silva classificou a medida como “perseguição política” e subiu o tom contra o ministro Alexandre de Moraes. “Ditador da toga”, disse, ao defender o impeachment do magistrado. Segundo ele, Moraes estaria “torturando o ex-presidente”.

Ao Programa Hora H da Rede Mais Rádios, transmitido pela Rádio Pop FM 89.3 em João Pessoa, e Rádio POP Cariri 101,1 FM em Campina Grande, Queiroga reforçou que o ex-presidente é vítima de uma “perseguição implacável”.

“É uma decisão absolutamente inadequada (…) esperamos que haja a derrubada dessa decisão na turma, pra que o presidente Bolsonaro não só saia de prisão domiciliar, mas que essas cautelares sejam todas baixadas, por quanto são cautelares absolutamente improcedentes. O presidente é vítima de uma perseguição implacável, é julgado em um processo cuja denúncia é absolutamente inepta, e o povo brasileiro está sabendo disso”, avaliou.

Medidas impostas

Na decisão, Moraes também determinou que a Polícia Federal recolha o celular utilizado por Bolsonaro durante o final de semana. Segundo o ministro, o ex-presidente teria feito uso do aparelho para participar remotamente de manifestações realizadas no domingo (4), em diferentes cidades do país, nas quais foram proferidas críticas ao STF e feitas defesas de intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.

O ministro sustenta que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados — incluindo seus filhos, os parlamentares Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro — para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal”.

Moraes afirmou que a adoção de medidas mais severas se faz necessária diante da “reiterada conduta delitiva” e da “deliberada desobediência às determinações da Suprema Corte”, mesmo após a aplicação de restrições como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar casa nos fins de semana e feriados.

Alexandre de Moraes proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de receber visitas sem autorização prévia da Corte. A informação consta na decisão de prisão domiciliar emitida por Moraes.