PREFEITOS DE LUTO: Protestando na Assembléia eles pedem socorro

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Fotos: Walla Santos
Mais de 100 prefeitos paraibanos vestidos de preto como pedido de socorro para os municípios, participam na manhã desta quinta-feira (24) da audiência pública da Frente Parlamentar Municipalista na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Na audiência com os deputados, eles debatem sobre questões atinentes ao corte de recursos por parte do Governo Federal e à crise atual enfrentada.

O presidente da Casa Epitácio Pessoa, deputado Adriano Galdino (PSB) abriu os trabalhos argumentando que os municípios não podem ser os únicos penalizados pelo momento econômico pelo qual passa o país.

“Já fui prefeito e sei das dificuldades. A situação não é fácil, especialmente para os que se elegeram prometendo o céu e a terra. Estes estão sofrendo mais ainda porque a população cobra as promessas feitas nos palanques. Mas, me solidarizo com cada um de vocês”, disse o deputado.

O deputado estadual Buba Germano (PSB) que preside a Frente e já foi presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup) justificou a audiência pública com a situação dos municípios vem se agravando a cada dia. Buba acusou o governo federal de realizar um processo de desmonte da estrutura dos municípios: “É visível”, afirmou.

Buba ainda destacou em sua fala que a luta tem que ser intensificada também no congresso Nacional e ressaltou que “os prefeitos não são responsáveis por essa crise”. Além da crise financeira, Buba ainda lembrou ainda a crise hídrica que assola o estado, que “se assevera com a crise financeira e com a crise política que o país passa”.

O presidente da Famup, Tota Guedes, apontou em entrevista as dificuldades que os municípios têm enfrentado com os programas sociais. “Hoje para esses programas sociais, a exemplo do PSF, da merenda escolar e do transporte, o governo manda recurso insuficiente”, lamentou. Apesar de os programas serem importantes para a população, Tota ressalta que para serem mantidos, “os municípios acabam tirando recursos de outras fontes de receita, a exemplo de ICMS e do FPM para a manutenção desses programas”.