Eleições

Pré-candidato ao Senado pelo PSOL não aprova união Lula-Alckmin e critica atuação da bancada paraibana no Congresso: "Reproduzem pauta nacional"

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta segunda-feira (9), o pré-candidato ao Senado pelo PSOL, Alexandre Soares destacou os desafios que terá em sua candidatura, criticou a aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) e também a atuação da bancada paraibana no Congresso Nacional.

Professor federal, Alexandre vai para sua primeira disputa eletiva, e quando perguntado acerca dos desafios de enfrentar grandes nomes da política local que também disputam uma vaga ao Senado, Alexandre falou que o fato de o PSOL ser um partido “genuinamente de esquerda” é um diferencial.

“O primeiro desafio é colocar de forma muito clara e contundente que o PSOL é a única candidatura que se apresenta hoje ao Senado com viabilidade, do início ao fim, genuinamente de esquerda. Nós não temos constrangimento na nossa disputa em afirmar que nós apoiamos a candidatura do ex-presidente Lula”, disse.

“Superar as oligarquias políticas da Paraíba. Nós temos candidaturas que são fruto do ‘filhotismo’ da política paraibana. E o PSOL de forma muito clara e contundente, quer enfrentar essas pautas”, emendou.

Alexandre disse ainda que o principal projeto do PSOL a nível nacional é “derrotar” o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), e que a união com o PT foi necessária para alcançar esse objetivo.

Ainda, disse que a nível estadual, o projeto do seu partido é colocar sua pré-candidata a governadora, Adjany Simplício, no segundo turno: “A gente não trabalha, em princípio, com essa possibilidade de apoio [a outro candidato]”, afirmando que o PSOL não apoiará nenhum candidato que alcance o segundo turno além de Adjany.

Lula-Alckmin

Perguntado sobre a aliança entre o ex-presidente Lula e Geraldo Alckmin (PSB), que formam uma chapa presidencial, Alexandre avaliou a união como um “equívoco”, por seu histórico à frente do PSDB.

“As esquerdas do Brasil tinham condições de alçar um nome muito mais representativo, inclusive dentro do próprio PSOL. Dentro desse campo, a gente tinha várias opções”, afirmando que o PSOL questionou a opção do PT por Alckmin.

Paraíba no Congresso

O pré-candidato questionou também a atuação da bancada federal paraibana no Congresso Nacional, afirmando que os políticos paraibanos no congresso apenas “reproduzem a pauta nacional”, sem criticar os textos.

“A nossa avaliação é muito ruim. A gente é coadjuvante na agenda pública. A nossa representação, tanto na Câmara quanto no Senado Federal é coadjuvante. A gente não lidera nenhum grande movimento nacional de reforma desse país. A gente não perde o péssimo hábito de figurar como adereço. Temos agentes que simplesmente reproduzem a pauta nacional, sem a capacidade de fazer uma reflexão crítica”, opinou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba