Paraíba - Os bastidores das eleições da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), estão em plena movimentação, mesmo antes da abertura oficial do processo eleitoral. As articulações políticas ganham força, e dois nomes já despontam como prováveis candidatos à presidência da entidade: Rodrigo Farias, pela situação, e a professora Luciana Brito, pela oposição.
Farias é o atual presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da Paraíba (CAA-PB). Ele surge como o nome escolhido para dar continuidade à gestão do atual presidente Harrison Targino, que deve apoiá-lo oficialmente. A atuação de José à frente da Caixa tem sido bem avaliada por aliados, com foco em programas de saúde, bem-estar e apoio institucional à advocacia.
Já a oposição deve ser representada pela professora Luciana Brito, figura conhecida na advocacia paraibana e ex-candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Paulo Maia nas últimas eleições. Luciana tem perfil acadêmico, é respeitada entre os advogados mais jovens e busca reconstruir o campo oposicionista, defendendo uma OAB mais combativa e voltada às pautas da classe.
Reedição de um embate
A eleição de 2027 tende a ser uma reedição, com novos protagonistas, da disputa entre os grupos de Harrison Targino e Paulo Maia, dois ex-presidentes com visões diferentes de gestão. Enquanto Harrison consolidou uma postura mais institucional e de diálogo com o Judiciário, Paulo Maia liderou gestões marcadas por maior presença política da OAB no debate público e na defesa de prerrogativas.
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Clima de pré-campanha
Embora ainda não haja uma data oficial para a eleição, os bastidores já indicam uma disputa intensa. Reuniões entre lideranças nas subseções, movimentações em redes sociais e visitas a escritórios por todo o estado já sinalizam que a pré-campanha está em curso.
A entrada de Rodrigo Farias, com o peso do apoio institucional e familiar e a candidatura de Luciana Brito, com apelo junto à base acadêmica e advogados jovens, deve elevar o nível do debate e mobilizar diferentes setores da advocacia paraibana.
Enquanto isso, os dois grupos já correm contra o tempo para montar chapas completas, negociar apoios e apresentar propostas que respondam às demandas da categoria em um cenário de desafios econômicos, aumento da judicialização e da pressão sobre as prerrogativas profissionais.
