A Polícia Federal (PF) encaminhou à Interpol o pedido de inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na difusão vermelha, que é o alerta internacional para fins de localização e prisão. Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ela anunciou na terça-feira, 3, que deixou o país e que pretende morar na Europa.
A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 4, pelo diretor-geral da PF, delegado Andrei Passos, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem oficial a Paris. O pedido, enviado por volta das 17h à sede da Interpol em Lyon, na França, baseia-se na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a prisão preventiva de Zambelli.
O pedido será analisado pela Secretaria-Geral da Interpol, segundo os critérios de admissibilidade da organização. Caso o pedido encaminhado pela Polícia Federal seja aceito, os dados de Zambelli estarão disponíveis para as polícias dos 196 países-membros da Interpol.
Atualmente, o Secretário-Geral da Interpol é o delegado Valdecy Urquiza, da PF. Ele é o primeiro brasileiro e o primeiro representante de um país em desenvolvimento a ocupar o posto em mais de 100 anos de existência da organização.
Zambelli foi condenada por unanimidade pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela agiu em conjunto com o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir as conversas privadas dos integrantes da Operação Lava-Jato.
Segundo a denúncia, Zambelli orientou Delgatti a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Além de condenados, ambos foram multados em cerca de R$ 2 milhões cada.
Fonte: Terra