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Oposição vai cobrar posição do STF e PGR sobre anulação do impeachment de Dilma Rousseff

“No momento em que todos esses golpistas fogem da justiça, a presidenta Dilma quer ser julgada pela justiça"

O movimento que defende a anulação do impeachment se reuniu com parlamentares de diversos partidos na tarde dessa terça-feira (15), em audiência na Câmara dos Deputados, para definir os próximos passos da campanha que busca anular o processo que depôs a ex-presidente Dilma Rousseff.

A principal ação do Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment (MNPAI) é uma campanha para coleta de 1,3 milhão de assinaturas com o objetivo pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar o processo.

“Essa reunião foi altamente produtiva. Nós percebemos que os parlamentares aqui presentes estão fechados conosco na luta pela anulação do impeachment”, avalia Edva Aguilar, militante do PT de São Paulo.

Estiveram presentes comitivas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal e deputados como Paulo Teixeira (PT/SP), Paulo Pimenta (PT/RS), Margarida Salomão (PT/MG) e Wadih Damous (PT/RS).

“Precisamos cobrar do Supremo Tribunal Federal (STF) uma posição, que eles levem a julgamento e digam se houve ou não houve crime de responsabilidade, digam se Eduardo Cunha comprou ou não votos e se estava ou não em condição de dirigir aquele processo”, afirma o deputado Paulo Teixeira, que organizou o encontro.

Amanda Leite, membro do comitê de São Paulo do MNPAI, diz que o que o grupo espera “que se anule o impeachment e para restituir o Estado democrático de direito no Brasil, para salvar o nosso país dessa situação”. Ela entende que a reunião foi um marco no prosseguimento da mobilização.

O grupo definiu que irá marcar uma conversa com José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma Rousseff, com Eugênio Aragão e, posteriormente, irá à Procuradoria Geral da República (PGR), onde está o processo. O deputado Wadih Damous explica que a PGR ainda não emitiu parecer acerca do pedido de anulação. Ele entende que é preciso ir “ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, exigir que ele cumpra com seu dever, oficie nos autos, dê seu parecer e remeta imediatamente os autos para o Supremo”.

“Com os autos no Supremo, aí é outra briga, vai ser a briga pra marcar o julgamento. Marcado o julgamento, é o povo ir pra porta do STF exigir a anulação do impeachment”, conclui o deputado.

“No momento em que todos esses golpistas fogem da justiça, a presidenta Dilma quer ser julgada pela justiça, pela Constituição brasileira. Nós estamos aqui para ajuda-la, para que esse julgamento se efetive, para que o STF anule o golpe e o nosso país possa retomar a democracia”, diz o membro do MNPAI Ananias Andrade.

Fonte: Brasil 247