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O duro recado de Milanez para Cícero: “Eu não fui tirado do bolso do colete dos Cunha Lima”

Reprodução: Facebook
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Objetivo, prático, firme, incisivo, lógico, racional e explícito. Faltariam adjetivos para sintetizar o que foi o pronunciamento do vereador Milanez Neto (MDB), na manhã desta terça-feira (9/4), no plenário da Câmara Municipal de João Pessoa.

O discurso foi uma resposta pragmática e direta ao prefeito Cícero Lucena (Progressista), que – insatisfeito com a sua mudança de legenda na janela partidária – insinuou que foi traído pelo vereador.

“Eu só sirvo a um senhor, que não atende pelo nome de Cícero, João Azevedo ou Cássio Cunha Lima. Eu sirvo a Deus”- iniciou Milanez, após a insinuação do prefeito, na imprensa, de que ele estaria servindo a mais de um senhor.

“Eu comecei na política penas mãos de Fernando Paulo Carrilho Milanez e me firmei na política pelas mãos de Fernando Paulo Pessoa Milanez. Eu não fui tirado do colete por Ronaldo Cunha Lima lhe e dei as costas, depois, ao seu filho Cássio e ao seu neto Pedro”, prosseguiu Milanez, mostrando, com exemplos da vida real, o que de fato significa traição na política.

Em seguida, o vereador mostrou que manteve-se coerente em todo o seu mandato, votando com independência os projetos apresentados pela PMJP, mas sem fugir da sua responsabilidade, quando, por exemplo, discutiu o Plano Diretor, a cracolândia na cidade de João Pessoa e denunciou as ilegalidades da Construtora Moura Dubeux.

Milanez Neto lembrou que a eleição de 2020 foi apertada, e indagou: “Será que um outro posicionamento meu não teria mudado a situação? Lembro que o prefeito Luciano Cartaxo  me pediu neutralidade. Disse-lhe que não acredito em neutralidade na política. E fui com Cícero no segundo turno”.

“Alguns, que não sei se ele considera traidor, correram do barco de Luciano na primeira gota de água que entrou. Eu, não. Eu continuei aqui até o dia 31 de dezembro, porque traição não me cabe. O que me cabe é coerência”, ressaltou.

Por fim, o vereador lançou um desafio ao prefeito da capital:

“Desafio Cícero a dizer o que negociou comigo para ter o meu apoio. Ele jamais poderia me acusar de traidor, porque ele não sabe meu preço. Não sabe, porque não faço e nunca fiz política pensando em levar vantagem. Inclusive quando votei no filho dele, Messinho para deputado federal”, complementou.