No Twitter, Cunha apaga o favorável a Dilma

As postagens deletadas foram levantadas pela Folha com a utilização de ferramentas de monitoramento das redes sociais, que fazem a captura e guardam as mensagens, permitindo acesso mesmo aos textos já apagados. O instrumento, contudo, não permite saber quando as mensagens foram retiradas.

 

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Da Folha de S.Paulo – Fábio Monteiro e Débora Alves

Personagem bastante ativo no Twitter, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), costuma seguir a cartilha de políticos do mundo inteiro, que recorrem ao microblog para mandar recados e deixar claro aos seguidores seus posicionamentos não apenas em política, mas sobre assuntos diversos. Mas algumas mensagens polêmicas foram apagadas do perfil do deputado fluminense.

As postagens deletadas foram levantadas pela Folha com a utilização de ferramentas de monitoramento das redes sociais, que fazem a captura e guardam as mensagens, permitindo acesso mesmo aos textos já apagados. O instrumento, contudo, não permite saber quando as mensagens foram retiradas.

O peemedebista, que criou sua conta no serviço em 2010, mudou seu posicionamento político algumas vezes de lá para cá, chegando a defender a presidente Dilma Rousseff quando ela se elegeu.

Atualmente, Cunha se diz rompido com o governo federal, com quem, apesar de tudo, continua a fazer acordos velados para se manter no cargo. O congressista é alvo de um processo de cassação no Conselho de Ética.
Logo após a vitória de Dilma Rousseff nas eleições de 2010, Cunha escreveu no microblog: “Dilma mereceu essa grande vitória. Estaremos juntos com ela para o Brasil seguir mudando”. Dias antes da primeira posse da atual presidente, novos elogios: “A maioria do povo brasileiro entendeu bem o raciocínio da Dilma e a elegeu. Entendeu também o quanto ruim foi o governo de FHC (Fernando Henrique Cardoso).”

Questionado, o presidente da Câmara disse desconhecer a retirada das mensagens. “Não foi determinada por mim”, ressaltou. Ainda segundo Cunha, a administração de seu perfil é feita por sua equipe, apesar de reconhecer que ele mesmo publica algumas mensagens.