Política

NA CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO: Barusco revelou pagamento de propina, diz dep. Efraim Filho

Sem o menor constrangimento, o capitão Bolsonaro deu uma detalhada explicação sobre como construir uma bomba-relógio. O explosivo seria o trinitrotolueno, o TNT, a popular dinamite. O plano dos oficiais foi feito para que não houvesse vítimas. A intenção era demonstrar a insatisfação com os salários e criar problemas para o ministro Leônidas.

NA CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO: Barusco revelou pagamento de propina, diz dep. Efraim Filho

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O presidente da CPI dos Fundos de Pensão, Efraim Filho (DEM-PB), explicou que com base na informação, do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, nesta quinta-feira (19), houve pagamento de propina para obter contratos de construção de navios plataforma para a Sete Brasil, a CPI investigará se houve influência política para orientar os fundos de pensão a investir na Sete Brasil.

De acordo com Efraim Filho há fortes indícios que parte dessa propina teve origem nos fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras) e Funcef (da Caixa Econômica Federal) que investiram R$ 3 bilhões na Sete Brasil. “Já comprovamos que houve aparelhamento político nesses fundos, com indicações de diretores ligados ao PT. Temos de investigar agora se eles foram usados para pagar propina. Sabemos quem teve prejuízo, precisamos saber quem ficou com os recursos”, afirmou o congressista.

Em depoimento à CPI Barusco disse que a empresa (Sete Brasil) formada com recursos da estatal, de bancos e de fundos de pensão obteve um aporte de recursos, só nos primeiros contratos, de US$ 10 milhões. Deste total, U$ 4,5 milhões foram destinados ao PT por intermédio do ex-diretor de Serviços Renato Duque, que já está preso em Curitiba.

O ex-gerente, admitiu em seu depoimento, que havia apoio do governo para a criação da Sete Brasil. “A proposta que foi apresentada em uma reunião de trabalho com a presença do então presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff à época ministra da Casa Civil, foi constituída para construir as sondas com conteúdo nacional, uma exigência da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Ele justificou o projeto e disse que a empresa não foi criada para gerar pagamento de propina. “Isso aconteceu depois, naturalmente, como extensão da propina paga na Petrobras”, afirmou Pedro Barusco.

Delator da Operação Lava Jato, ele foi um dos participantes da formação da Sete Brasil, subcontratada da Petrobras.

A Sete Brasil foi criada pela Petrobras, Bradesco, Santander e BTG Pactual numa associação com bancos e fundos de pensão, para construir 28 navios plataforma para perfuração do petróleo da camada do pré-sal. Com Maispb.