O Ministério Público da Paraíba ajuizou uma ação civil pública contra a Prefeitura de Alhandra, por manter quase 900 servidores temporários e mais de 300 comissionados, apesar de ter realizado em 2024 um concurso público com 417 vagas.
Segundo a promotora Érika Bueno Muzzi, a conduta da gestão configura preterição dos aprovados, uma vez que a necessidade de pessoal é permanente e deveria ser suprida por concursados.
Irregularidades no concurso
O MP também aponta falhas no certame organizado pela empresa Educa – Assessoria Educacional Ltda.
Entre os problemas estariam:
- não contabilização de títulos válidos;
- erros em critérios de desempate;
- inclusão suspeita de um candidato com vínculos com a gestão municipal na lista final de aprovados.
De acordo com a promotora, o comportamento da prefeitura fere diretamente a Constituição.
“A existência de quase 900 contratos temporários revela uma necessidade permanente de pessoal e comprova a preterição arbitrária dos concursados”, afirmou.
O que pede o MP
Na ação, o Ministério Público solicita que a Vara Única da Comarca de Alhandra determine:
- a nomeação imediata de todos os aprovados dentro das vagas ofertadas;
- convocação dos classificados em cadastro de reserva, caso tenham sido preteridos;
- rescisão dos contratos temporários considerados irregulares;
- proibição de novas admissões precárias;
- apresentação, em até 30 dias, de um cronograma de convocações.
Em caso de descumprimento, o MP requer a aplicação de multa diária de R$ 5 mil ao município, além da responsabilização pessoal do prefeito Marcelo Rodrigues. O valor atribuído à causa é de R$ 100 mil.
Fonte: O PovoPB
Créditos: Polêmica Paraíba