entrevista à globo news

Morte de Marielle Franco teve participação de políticos e agentes do Estado, diz ministro

Na entrevista, Jungmann destacou que outros casos, como o das mortes da juíza Patrícia Acioli e do pedreiro Amarildo

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a maior dificuldade para resolver o assassinato da vereadora fluminense Marielle Franco do PSOL e do motorista Anderson Gomes decorre do envolvimento de políticos e de agentes do estado nos homicídios.

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“O que eu posso dizer a você: esse assassinato da Marielle envolve agentes do estado. Envolve, inclusive, setores ligados seja a órgãos de setores do estado, seja a órgãos de representação política”, disse Jungmann durante entrevista no programa Entre Aspas, da GloboNews.

Indagado pela jornalista Mônica Waldvogel se estes setores estariam ligados à polícia e ao parlamento municipal Jungmann ressaltou: “Eu diria que sim”.

“Esse é um dos problemas que existe. A complexidade deriva do profissionalismo com que [os assassinatos] foram feitos e com o fato de que eles têm uma rede de intersecção, que eu poderia chamar daqueles que têm interesse de que eles acontecessem e que, aparentemente, você tem que chegar e comprovar isso”, completou. “Daí a grande dificuldade que você tem para esclarecer o caso de Marielle”, disse. O ministro disse acreditar que o caso será concluído até o final deste ano.

Na entrevista, Jungmann destacou que outros casos, como o das mortes da juíza Patrícia Acioli e do pedreiro Amarildo, levaram até três meses para serem devidamente solucionados.

“É verdade que [o caso] Marielle já ultrapassou isso, mas isso se deve à complexidade e à teia das relações que se estabeleceram para se chegar a essa tragédia”, observou o ministro. Marielle e Anderson foram assassinados no dia 14 de março, em uma área central do Rio de Janeiro. Até o momento nenhum suspeito foi apresentado oficialmente como responsável pelos crimes.

Fonte: SRzd
Créditos: SRzd