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Ministra terá que esclarecer pecuária no Pantanal e “boi bombeiro” no Senado

Em audiência virtual no dia 9 de outubro, ela afirmou que, se o rebanho bovino no Pantanal fosse maior, a dimensão de incêndios na região poderia ter sido menor.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, terá que prestar esclarecimentos ao Senado Federal sobre a atividade de pecuária no Pantanal. O requerimento de informações foi aprovado pela comissão do Senado que acompanha o enfrentamento aos incêndios no bioma após a ministra ter apresentado a tese do “boi bombeiro”. Em audiência virtual no dia 9 de outubro, ela afirmou que, se o rebanho bovino no Pantanal fosse maior, a dimensão de incêndios na região poderia ter sido menor.

“Eu falo uma coisa que às vezes as pessoas criticam. O boi ele ajuda, ele é o bombeiro do Pantanal, porque ele que come aquela massa de capim, seja ele o capim nativo ou o capim plantado”, disse a ministra aos senadores.

O pedido de esclarecimentos foi aprovado nesta sexta-feira (30) pela comissão. O autor do pedido, o presidente do colegiado, senador Wellington Fagundes (PL-MT), pede explicações sobre a atividade pecuária no Pantanal, bem como dados sobre o rebanho bovino de 1991 até 2020 em municípios mato-grossenses.

“Com os dados solicitados, pretende-se contribuir com providências para evitar novos focos de incêndios, a limpeza dos locais já atingidos, a proteção das populações diretamente atingidas, da economia, da fauna e da flora e a transparência das atividades coordenadas pela Operação Pantanal”, escreveu o senador no documento.

Tereza Cristina tem um prazo de 30 dias para prestar as declarações. Se ela não responder ou prestar informações falsas, poderá ser processada por crime de responsabilidade.

A comissão externa do Pantanal foi criada por iniciativa de senadores da região para acompanhar as providências adotadas para evitar novos focos de incêndio e a limpeza dos locais já atingidos. Ao final do prazo de funcionamento, o colegiado deve elaborar um projeto de lei com normas gerais de proteção ao bioma, o chamado Estatuto do Pantanal.

Fonte: Congresso em Foco
Créditos: Congresso em Foco