Política

Maranhão se reúne com Cassio e João Azevedo esbarra em Manoel Junior - Por Laerte Cerqueira

2016 começou com pré-campanha quente

Maranhão se reúne com Cassio e João Azevedo esbarra em Manoel Junior - Por Laerte Cerqueira

maranhao-pmdb (1)Há muitos anos PMDB e o PSDB não se unem numa eleição de peso na PB. Os movimentos políticos tornaram os partidos adversários históricos. Mas, como fez questão de dizer o presidente estadual do PSDB, Ruy Carneiro, as relações melhoraram e não será surpresa se eles estiveram juntos numa mesma coligação este ano, em JP. De acordo com Ruy, os dois principais líderes, Cássio (PSDB) e Maranhão (PMDB), estão lado a lado no Senado. “Eu diria que nós temos uma boa convivência partidária”, afirmou Ruy.

Ruy Carneiro, como possível pré-candidato tucano, o mais viável, por enquanto, assume o seu papel como presidente, trabalhando ao mesmo tempo em causa própria. Sabiamente, tenta atrair outro partido grande, com bases fortes, mas que ainda não sabe onde estará. Manoel Júnior, pelo PMDB, e ele não são nomes fáceis de emplacar. No cenário de hoje, não. Ruy tem “recall”, mas rejeição. Manoel enfrentará muitas resistências. Porém, aliados, podem fazer “nascer” um opção, entre os partidos grandes, à polarização PSD-PSB. Seria a terceira via, como disse em outro momento aqui.

Com mais dois ou três partidos conseguiriam fazer barulho e dependendo do tamanho dos erros dos adversários, Luciano Cartaxo (PSD) e João Azevedo (PSB), que entrarão na disputa com “suas” máquinas, PSDB e PMDB podem bagunçar bem o coreto. As legendas não têm o que perder. Há quem diga que mesmo com chances pequenas de vitória, as legendas se mantêm com o espírito de protagonistas. A efetivação da aliança prejudica um pouco Cartaxo, que precisa do PSDB, mas também os socialistas, que sem o PMDB, no primeiro turno, vão ter que recorrer ao tempo do PT. O PSB, apesar de um bom leque de alianças, terá um bom trunfo se conseguir atrair os petistas.
PMDB e PSDB jogam. Querem colher informações, sentir como essa ideia de união será absorvida, digerida e se há viabilidade política, eleitoral e financeira. Apesar do PMDB está mais para cabeça de chapa numa possível aliança dos tucanos, Ruy tem afirmado que não se pode descartar a possibilidade das duas legendas estarem juntas com o PSDB, no caso ele, encabeçando o processo.

É só o começo. Acabamos agora a primeira semana desse ano eleitoral. Certo mesmo é que José Maranhão dá o seu recado ao se aproximar do PSDB. Recado direto ao PSB. Do outro lado, PSDB sinaliza que não está tão fragilizado a ponto de ser obrigado a se aliar a Cartaxo. É o caminho mais fácil. Mas, talvez, seja necessário dificultar agora para respirar com mais autonomia lá na frente. Em frente.

Flechadas
O senador José Maranhão declarou ontem que, “apesar das traições”, está vivo. Comparou-se a São Sebastião, que levou flechada no coração e sobreviveu.

Mágoa
JM não citou o nome dos traidores, nem relacionou a fala a ninguém. Mas ainda parece “sentido” com as últimas declarações de aliados contra seu último governo.

Encontro

Um encontro chamou atenção, ontem. Os pré-candidatos a prefeito de JP, Manoel Júnior (PMDB) e João Azevedo (PSB), foram conceder entrevistas na Rádio Sanhauá quando se cruzaram. Os dois riram da coincidência e se trataram de maneira cordial. Alguém de longe gritou: “É o encontro do segundo turno”. Não deu para ficar sério.

Nos bastidores
Ninguém toca no assunto com muita abertura (ainda), mas já está “moendo” na cabeça da cúpula da gestão municipal o perfil da próxima reforma administrativa.

Horizonte
Há quem defenda que seja logo. Outros acham que tem que ir até o tempo limite (abril). No fim do ano, quando perguntado sobre isso, Cartaxo olhou para o horizonte e disse: “É… precisamos definir isso.”.

Perto
Engana-se quem acha que o ex-secretário de Comunição de JP, Marcus Alves, está parado acompanhando o processo pré-eleitoral de longe.

Dentro
Com conhecimento de quem viveu a política municipal de perto nos últimos anos, está operando. Mas, dessa vez, no campo da oposição.

Holofotes
A crise de abastecimento dos postos de combustível ganhou manchetes e o debate sobre o assunto colocou holofotes numa gestora: a presidente da Docas, Gilmara Temóteo.

Bem
Gilmara demonstrou habilidade, conhecimento e coragem de fazer a defesa da gestão, alertando que não iria engolir (calada) manobras para culpar o Porto. Foi bem.

Jornal da Paraíba