Manifestantes pedem intervenção militar e apanham da Polícia Militar em Brasília - VEJA VÍDEO

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Manifestantes que defendem a intervenção militar são colocados para correr por aqueles que consideravam heróis. Alguns chegaram a experimentar o gosto dos sprays de pimenta na cara. Muitos deles eram os mesmos que tiraram selfies com policiais e cachorros na Paulista e em Copacabana. Uma traição?

Kiko Nogueira, DCM

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As milícias de extrema direita que estão acampadas em frente ao Congresso Nacional passaram por um vexame no 15 de novembro que faria qualquer pessoa normal enfiar a viola no saco.

Mas eles não são pessoas normais — são guerreiros do povo brasileiro, certo?

Menos de 2 mil se juntaram ao MBL e ao Vem Pra Rua (cuja líder é uma moça que se acorrentou numa pilastra) para pedir o impeachment de Dilma.

Sem pai (Cunha) nem mãe (Aécio), contaram com Joice Hasselmann, a ex-apresentadora da TV Veja que agora precisa se virar de algum jeito. Joice, que já não falava coisa com coisa, continuar sem falar coisa com coisa, exatamente o que seus fãs querem ouvir.

Renan Haas, o líder do MBL, mentiu dizendo que ônibus foram impedidos de chegar. Marcello Reis, dos Revoltados On Line, foi um pouco mais longe e colocou uma foto de 2013 para comprovar a “emboscada”.

Marcellão, valente como sempre, surtou quando viu meia dúzia de índios e aproveitou para mais uma vez pedir dinheiro, desta feita para “contratar seguranças”. Um ambulante entrevistado pelo Estadão estava triste. “Num dia bom, faço uns mil reais com a venda dos meus produtos. Hoje acho que vai ser meio difícil”, disse Antônio de Souza.

No meio da chuva, enfim, veio o golpe de misericórdia nos golpistas: tomaram um cacete da PM.

Os doentes da intervenção militar invadiram o espelho d’água, tentaram um putsch e foram colocados para correr por aqueles que consideravam heróis. Alguns ainda experimentaram o gostinho dos sprays de pimenta na cara.

Muitos deles eram os mesmos que tiraram selfies com policiais e cachorros na Paulista e em Copacabana. Uma traição. Não bastasse, naquele dia seu guru Olavo de Carvalho, cada vez mais xarope, tomava uma invertida do Exército no Facebook.
Chamou o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante da instituição, de “canalha”, “traidor nojento”, entrou outras ofensas pesadas. Foi avisado de que seus “xingamentos, acusações sem provas e publicações de boatos” seriam “analisados na esfera jurídica” e banido da página.
Como a estupidez dessa corja não conhece limite, é possível que os gatos pingados continuem ali, em nome de uma entidade abstrata (“nosso povo”, “gente de bem” e por aí vai), apanhando de quem eles consideravam aliados e prestando um favor enorme à democracia ao dar uma nova dimensão à expressão “vergonha alheia”.