Declaração

Lula afirma que extrema direita não voltará a governar o país e diz que só não disputará reeleição por motivo de saúde

REUTERS/Adriano Machado
REUTERS/Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5) que não teme enfrentar adversários nas eleições presidenciais de 2026. Apesar de não confirmar oficialmente sua candidatura, o petista, que completa 80 anos este ano, declarou que só deixará de disputar a reeleição caso tenha problemas de saúde ou se surgir um nome mais competitivo dentro do partido.

“Eu não escolho adversário. Já disputei tantas eleições, já enfrentei tanta gente. Quem deve estar preocupado são meus possíveis adversários”, disse Lula, destacando sua trajetória política.

Em agosto, durante reunião ministerial, o presidente citou pela primeira vez o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como possível oponente em 2026. Até então, Lula avaliava que o paulista buscaria apenas a reeleição estadual.

Na entrevista desta sexta, o chefe do Executivo não mencionou nomes, mas afirmou que “a extrema direita não vai voltar a governar o país”. Segundo ele, a definição sobre a candidatura só ocorrerá no próximo ano: “Se eu estiver com a saúde que tenho hoje, não tenho dúvidas de que serei candidato à Presidência da República”.

Lula também comentou outros temas durante a conversa com jornalistas. Ele se comparou a Getúlio Vargas, defendeu mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), falou sobre as tensões entre Estados Unidos e Venezuela e a guerra entre Israel e Palestina. O presidente ainda classificou Jair Bolsonaro como “uma figura anormal”, voltou a defender a regulação das redes sociais e disse enfrentar resistência do governo Donald Trump em negociações sobre tarifas comerciais.