Vice e Senado

Lideranças pressionam por decisão de chapa da oposição até outubro

Quem será o vice? E, principalmente, o senador?

Algumas lideranças de partidos que estão no campo da oposição ao governo de João Azevêdo (Cidadania) começam a pressionar por decisões efetivas. No mês passado, PSDB, PSD, PSC, PL, PTB e Patriota se reuniram para fechar um acordo em torno de uma única candidatura que possa duelar com o atual governador. O nome de Romero Rodrigues (PSD) foi o preferido da maioria dos integrantes, mas ainda há dúvidas sobre a composição. Quem será o vice? E, principalmente, o senador?

Em resposta a reportagem, o deputado federal Wellington Roberto (PL) manifestou o desejo que a decisão saia até outubro: “Vamos ver o resultado dessas conversas e espero que a definição aconteça antes de outubro”. Na mesma linha, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), já havia se colocado favorável a uma decisão “nos próximos 60 dias”.

“Eu tenho a expectativa de que nos próximos 60 dias a gente possa apresentar a primeira composição da chapa que irá disputar as eleições”, estipulou Bruno.

O nome de Romero deve ser mesmo confirmado, apesar de ressalvas que alguns membros do grupo fazem a sua proximidade com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o que pode gerar impopularidade, principalmente em um estado do Nordeste, onde os índices negativos do presidente crescem a cada pesquisa. Apesar de ter em Wallber Virgolino (Patriota) e Nilvan Ferreira (PTB) aliados fiéis, o presidente tem a antipatia de Pedro Cunha Lima (PSDB), por exemplo, e de Leonardo Gadelha (PSC).

A vaga de vice na chapa ainda encontra dúvidas, Nilvan parece ser o mais cotado, tendo ainda o nome de Ruy Carneiro, mas o deputado já afirmou que o objetivo é tentar a reeleição na Câmara. Já a vaga no Senado tem disputa em aberto e parece que será mais acirrada. Wellington Roberto busca emplacar seu filho, Bruno Roberto, também do PL, que já está em pré-campanha. O presidente estadual do partido voltou a classificar a pré-candidatura do filho como “legítima”.

“A candidatura dele é legítima, Bruno está em plena campanha e tem uma aceitação muito grande. Ele tem peregrinando pelo Sertão, pelo Litoral, pelo Curimataú, pelo Brejo e tem uma receptividade fora do comum. Com a benção de Deus e ajuda do povo da Paraíba, vamos ganhar essas eleições. A questão para governo nós estamos conversando”, disse W. Roberto.

Por outro lado, o PSDB começa a endossar o nome de Cássio Cunha Lima. O ex-senador, derrotado em 2018 na tentativa de reeleição, tem planos mais ambiciosos do que apenas tentar a vaga do filho na Câmara, como foi especulado. Em entrevista recente, Ruy Carneiro disse que Cássio aparece na frente em pesquisas internas do partido. Mas Efraim Filho (DEM) já afirmou o mesmo quanto a seu nome.

O fato é que a oposição precisa se apressar se quiser popularizar e, principalmente, testar os nomes diante da população em tempo hábil. No campo da situação, João Azevêdo coleciona apoios e tem uma base forte que não deve deixá-lo de lado. Novas reuniões entre o grupo de opositores devem acontecer em breve, já confirmadas por Pedro Cunha Lima e Marcondes Gadelha, a partir daí será o momento de bater o martelo, até aqui, outubro é o mês limite.

Fonte: Samuel de Brito
Créditos: Polêmica Paraíba