O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), solicitou nesta terça-feira (22) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma medida cautelar para impedir que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assuma cargo comissionado em algum governo estadual. O pedido visa evitar que ele mantenha sustentação financeira irregular após bloqueio de seus rendimentos.
Segundo uma reportagem da CNN, governadores aliados à família Bolsonaro, entre eles Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP) e Jorginho Mello (SC), teriam buscado uma solução política para nomear Eduardo em secretarias estaduais, garantindo a manutenção de seu mandato e renda, mesmo enquanto ele está com salário e chaves Pix bloqueados por determinação do ministro Moraes desde sábado (19).
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Lindbergh argumenta que Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos “atuando contra o Brasil”, participando de encontros políticos com lideranças estrangeiras e defendendo sanções econômicas contra o país. O deputado também é investigado no STF por crimes como coação no curso do processo, obstrução de Justiça e atentado à soberania nacional.
Além da medida para impedir a nomeação, o líder do PT pediu que os governadores sejam proibidos de nomear Eduardo para cargos públicos administrativos. Lindbergh também solicitou que o deputado preste depoimento no STF para explicar uma transmissão ao vivo feita no domingo (20), em que teria ameaçado agentes da Polícia Federal.
