
Quem acompanha o que tenho dito em entrevistas e pronunciamentos ao longo dos últimos meses conhece minhas posições sobre o que nosso país está vivendo. E sabe que a inflação, o desemprego e a recessão não se transformaram em motivo de desânimo nem paralisia para a Paraíba, apesar das terríveis dificuldades.
O Governo segue trabalhando em benefício da população, a maior vítima da atual crise econômica. Tenho cobrado do Governo Federal empenho para mudar a agenda do país, olhar para a frente, apresentar razões para a população ter esperança em um futuro melhor. Digo sempre que o Brasil já passou por situações gravíssimas em um passado recente e que, nessas situações, a sociedade soube responder positivamente aos desafios propostos pela realidade. E defendo que as mudanças podem e devem se dar em um ambiente político e social de respeito à democracia.
A decisão do presidente da Câmara dos Deputados de aceitar abertura do processo de impeachment da presidente Dilma aponta em sentido contrário. É um ato chantagista, ao qual as instituições e a sociedade civil precisam responder. O povo não merece isso e ao Poder Legislativo não convém ser presidido por alguém movido pelo ódio. A democracia brasileira, tão jovem e tão duramente conquistada, não pode ser refém de chantagem de qualquer natureza. O Brasil precisa de estabilidade, não de ameaças e chantagens.
Reafirmo aqui o que tenho dito a respeito de momento tão grave para todos nós, manifesto a crença no bom funcionamento das instituições democráticas e renovo a convicção de que nosso país é muito maior do que fazem crer os interesses pessoais e a prática política do deputado Eduardo Cunha.
(Ricardo Vieira Coutinho – Governador da Paraíba)
Secom-PB