OPINIÃO

JOGARAM A TOALHA: Uma pesquisa literalmente parcial para enganar eleitores de Bolsonaro - por Júnior Gurgel

(Foto: Igo Estrela/Reprodução)

A largada oficial de toda campanha política tem seu ponto alto nas convenções, oportunidade que o candidato oficializa sua chapa e mostra “musculatura” para enfrentar os oponentes. Ainda não consegui entender – como muitos – os motivos que levaram o PT a “abortar” sua convenção em São Paulo, ocasião do lançamento oficial da candidatura do ex-presidente Lula. Medo de um iminente fiasco? Ou já “jogaram a toalha”?

Desde 1989 as convenções do PT sempre foram gigantes, não só em São Paulo, mas em todos os Estados da Federação, que registravam num único dia suas chapas para Presidente, Governador; Deputados Federais e Estaduais. O vermelhão ocupava as ruas com bandeiras em todas as esquinas, charangas; batucadas; buzinaços; adesivagens.

Por que este ano nada disto está acontecendo? Falta de militância? Enganaram alguns por algum tempo, mas não todos por todo o tempo. Com o fim do Imposto Sindical, faltaram os 100 reais, acrescidos do pão com a mortadela. Funcionários da Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNB (ninhos petistas) hoje estão tirando de seus salários, cobrança adicional para cobrir o rombo deixado pelos governos petistas em seus Fundos de Pensões. Para aposentados, acrescentaram descontos de no mínimo mil reais/mês por vinte anos.

Redes sociais, mídias alternativas, esvaziaram o jornalismo profissional que voluntariamente cavou sua própria sepultura, criando “Fake News” e acusando a população de disseminação deste instrumento de manipulação. Se a “Fake News” é notícia falsa ou mentirosa, quem produz notícias é o jornalismo, não qualquer outro profissional liberal. Lula foi maior que o PT até 2010. Em 2014, já tinha perdido “estatura”. O candidato seria ele, e não Dilma Rousseff, que disciplinadamente era sabedora de sua tarefa: trazê-lo de volta ao poder em 2014. Todavia, neste interregno a Presidenta exonerou por corrupção mais de onze ministros petistas – indicados por Lula – a partir do tesoureiro de sua própria campanha, e ex-ministro da economia de Lula, Antônio Palocci, que ocupava as funções de Chefe da Casa Civil quando foi defenestrado.

A mentira ainda persiste na “bolha midiática”, que utiliza os institutos de pesquisas como “fontes”, ou desculpas para justificar seus crimes contra a opinião pública. O “olhômetro” das ruas os desmascara. Mesmo assim, cínicamente insistem na prática delituosa de manipularem dados ou resultados e transmitirem como “verdades absolutas”.

Hoje (20.07.2022), faltando apenas 72 dias para a realização do primeiro turno, o Instituto Poder Data divulgou uma pesquisa literalmente parcial, com erros grotescos, enxergados até por analfabetos. Ouviram 3.000 eleitores em 390 municípios – por telefone – em todo o país. Bolsonaro aparece com 37% e Lula com 43%. Diferença de 6% pró petista, dentro de uma margem de erro (no geral) de 2,0%. Para quem entende deste ramo, os 2,0% é creditado para quem vem crescendo, no caso Bolsonaro. E os mesmos 2,0% é subtraído de quem vem caindo, o PT. Sob este prisma, Bolsonaro teria algo em torno de 40% e Lula 41%, o que se constataria como empate absoluto, se os dados fossem verídicos.

A fraude é facilmente visualizada na metodologia aplicada de forma distinta por regiões. O percentual da margem de erro, nas regiões Norte e Sul e Centro Oeste, onde Bolsonaro “esmaga” o PT, é de 6,9%. No Nordeste e Sudeste, não estipularam. No Sudeste, onde Lula deixou de realizar sua Convenção, o Poder Data constata 43% pró Lula, contra 37% para Bolsonaro. No Nordeste, o absurdo é maior: Lula 52%, Bolsonaro 27%. Para quem suspeita das urnas eletrônicas, o mapa da “mudança” – por enquanto – está no Sudeste e Nordeste. Poder Data testifica que haverá segundo turno (?). Será?

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba