JANOT PEDE ABERTURA DE INQUÉRITO CONTRA DEP. FEDERAL QUE BATEU NA ESPOSA

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BRASÍLIA – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito contra o secretário-executivo da prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, por lesão corporal. Ele é acusado de ter agredido a ex-mulher, Alexandra Marcondes Teixeira, em 2010. O caso foi aberto na primeira instância do Judiciário, mas foi transferido para a mais alta corte do país porque Pedro Paulo é deputado federal. Embora licenciado, ele mantém o direito ao foro especial. O secretário é pré-candidato na disputa para a prefeitura do Rio, com o apoio do ocupante atual do cargo, Eduardo Paes.

Segundo a ocorrência policial, Alexandra teria chegado em casa de uma viagem e encontrado indícios de traição: cabelos longos no ralo do banheiro, duas taças de vinho e um sutiã que não era dela na cozinha. O marido não estava em casa. Quando ele chegou, ela teria pedido a separação, o que teria dado início a uma discussão. Durante a briga, Pedro Paulo teria derrubado a mulher no chão e iniciado agressões físicas. Depois que o caso veio à tona, o secretário tentou minimizar o fato.

— Quem não tem uma briga, um descontrole, quem não exagera numa discussão? A gente às vezes exagera, fala coisas que não deve. Quem não tem essas discussões e perde o controle? A gente perde o controle e tem discussões — disse em entrevista concedida à imprensa em novembro do ano passado.

Alexandra também saiu em defesa do ex-marido diante de jornalistas:

— Qualquer casal tem brigas. Quem estava entre 4 paredes era eu e ele. As pessoas erram e eu vim dar a cara a tapa. Nós erramos mas superamos isso e viramos essa página — afirmou.

O caso está tramitando em sigilo no STF e foi sorteado para a relatoria do ministro Luiz Fux. Caberá a ele autorizar ou não a abertura do inquérito. Também está nas mãos do mesmo ministro um outro pedido de abertura de inquérito contra Pedro Paulo. O primeiro caso chegou ao STF em janeiro e trata de boca de urna. A lei eleitoral proíbe a propaganda no dia da eleição e prevê punição de seis meses a um ano de detenção, mais pagamento de multa, para quem adota a conduta.

Até o momento da publicação, Pedro Paulo não foi encontrado para comentar o pedido de Janot.

Fonte: http://www.politicaparaleigos.com.br/
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